Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Setor de jogos faz ‘lobby’ contra imposto seletivo sobre ‘bets’

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Terça, 01 de Outubro de 2024 às 20:35, por: CdB

Aumentar a tributação sobre os sites de apostas é uma das medidas mencionadas por profissionais de saúde para desincentivar o jogo, uma vez que os custos tributários teriam de ser repassados ao consumidor. Assim, os gastos nessa atividade ficariam mais evidentes para o usuário.

Por Redação – de Brasília

Representante das empresas ligadas ao negócio de apostas, a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) trabalha contra a inclusão do setor no imposto seletivo, que visa sobretaxar produtos nocivos à saúde. Segundo a ANJL, isso inviabilizaria a entrada das ‘bets’ no mercado regulado.

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A roleta é um dos jogos mais icônicos nos cassino digitais

Aumentar a tributação sobre os sites de apostas é uma das medidas mencionadas por profissionais de saúde para desincentivar o jogo, uma vez que os custos tributários teriam de ser repassados ao consumidor. Assim, os gastos nessa atividade ficariam mais evidentes para o usuário.

— A medida faria empresas que já pediram licença retroceder — afirmou à mídia conservadora o diretor de comunicação da ANJL, Leonardo Benites, nesta terça-feira. Assim, diz ele, o jogador seria incentivado a procurar sites irregulares.

 

Outorga

Até esta tarde, 182 empresas haviam pedido permissão da Fazenda para explorar apostas online, no país. Cada outorga, que custa R$ 30 milhões, permite a atuação por meio de até três marcas.

A associação calcula que, caso o imposto seletivo seja incluído na conta, o setor pode pagar até 48% da sua arrecadação em tributos. Isso geraria algo em torno de R$ 1 a R$ 1,5 bilhão em arrecadação para o governo, por mês, durante o ano de 2025.

Para chegar ao número, a instituição usou o levantamento do Banco Central (BC) que mostrou um fluxo de R$ 18 milhões a R$ 21 milhões de transferências dos apostadores para as ‘bets’. Escolheu aproximar o valor para R$ 20 milhões ao mês. Ficariam R$ 17 bilhões em prêmios para os apostadores e R$ 3 bilhões para as casas.

 

Estimativas

Presidente da ANJL, o empresário Plínio Lemos Jorge ressalva, porém, que os números usados pelo BC e pelo setor ainda são estimativas.

— Só teremos dados reais a partir se 2025, quando se iniciar o mercado regulado — afirmou Jorge.

O Projeto de Lei (PL) que trata da regulamentação das ‘bets’, em trâmite no Congresso, no entanto, acendeu um sinal de alerta entre governistas e a Caixa Econômica Federal (CEF). Há uma avaliação de que o texto pode dar margem a irregularidades, como lavagem de dinheiro e fraudes.

A matéria é de autoria do deputado Bacelar (PV-BA), atuante pela legalização dos jogos no país. Apresentado em 2023, o projeto tramita de forma conclusiva nas comissões, ou seja, sem a necessidade de análise no Plenário da Casa, caso aprovado nos colegiados. Depois das comissões, seguiria para o Senado.

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