Na outra ponta, a atividade que registrou maior queda em agosto foi informação e comunicação, pressionada pela parte de suporte técnico, manutenção e outros serviços de TI.
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro
O setor de serviços do país variou 0,1% na passagem de julho para agosto. É o sétimo resultado positivo seguido, com uma alta acumulada no ano de 2,6%. Com o desempenho, o setor ficou 18,7% acima do nível pré-pandemia e renovou o patamar recorde da série histórica, iniciada em 2012. As informações são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quatro das cinco atividades pesquisadas tiveram variações positivas. O destaque foi a área de serviços profissionais, administrativos e complementares. Tiveram maior peso nesta alta empresas que atuam na área de programas de fidelidade e cartões de desconto; atividades jurídicas; e aluguel de máquinas e equipamentos. Também registraram avanço o setor de transportes; serviços prestados às famílias; e outros serviços, puxado por serviços financeiros auxiliares.
Na outra ponta, a atividade que registrou maior queda em agosto foi informação e comunicação, pressionada pela parte de suporte técnico, manutenção e outros serviços de TI. Na comparação com igual mês de 2024, o volume de serviços cresceu 2,5%.
Indicador
Já a indústria, apesar de uma leve alta na confiança, em outubro, acumula 10 meses seguidos de pessimismo, segundo o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado na véspera pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Neste mês, o indicador subiu 1 ponto, alcançando 47,2 pontos.
Apesar do avanço, o resultado ainda permanece abaixo da linha de 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança. Desde janeiro, o indicador está abaixo desse patamar. Em nota, o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, ressaltou que ainda é cedo para falar em reversão do quadro.
“O final do ano costuma ser mais favorável para a indústria e isso costuma se refletir nas expectativas. É possível que o Icei melhore, mas não que essa falta de confiança que vem desde o início do ano se reverta”, escreveu.
Percepção
Os dois componentes do índice registraram melhora em outubro. O Índice de Condições Atuais subiu 1,3 ponto, passando de 41,9 pontos para 43,2 pontos. O aumento reflete uma percepção menos negativa dos empresários em relação à situação das empresas e da economia brasileira.
Mesmo assim, o indicador segue bem abaixo dos 50 pontos, o que revela que, para a maioria dos industriais, as condições atuais ainda são piores do que há 6 meses.
O Índice de Expectativas, que mede as perspectivas para os próximos 6 meses, avançou 2,9 pontos e atingiu 49,1 pontos, a terceira alta consecutiva. O dado mostra que, embora as expectativas continuem negativas, o pessimismo vem diminuindo gradualmente. A melhora é puxada principalmente por projeções menos desfavoráveis para a economia e uma visão mais otimista sobre o desempenho das próprias empresas.
Pesquisa mensal conduzida pela CNI, o Icei avalia a confiança de empresários da indústria brasileira. O levantamento ouviu 1.164 empresas industriais em todo o país entre 1º e 7 de outubro. Desse total, 458 são de pequeno porte, 444 de médio porte e 262 são grandes indústrias.