Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Senador propõe abertura imediata de CPI contra ex- ministro Ribeiro

Arquivado em:
Quinta, 28 de Abril de 2022 às 11:42, por: CdB

"Afinal, uma gravação de um ministro, que aliás esses dias deu tiro no aeroporto. Um cara que anda armado no Aeroporto. Uma pessoa completamente despreparada. Precisamos investigar quem é essa pessoa inclusive. O que ela fazia, como fazia. Geria a Educação do país dessa forma. Isto é urgente”, disse o senador Jean Paul Prates (PT-RN).

Por Redação - de Brasília
O disparo de uma arma de fogo em posse do ex-ministro da Educação, o pastor evangélico Milton Ribeiro, no aeroporto de Brasília na tarde desta segunda-feira, reforça a urgência da abertura da CPI do MEC. É o que defende o senador Jean Paul Prates (PT-RN).
ministro-1.jpeg
Ministro Milton Ribeiro, que é pastor presbiteriano, envolvido em escândalo de desvios de verbas públicas
— Precisamos de fato investigar o que aconteceu. Afinal, uma gravação de um ministro, que aliás esses dias deu tiro no aeroporto. Um cara que anda armado no Aeroporto. Uma pessoa completamente despreparada. Precisamos investigar quem é essa pessoa inclusive. O que ela fazia, como fazia. Geria a Educação do país dessa forma. Isto é urgente — afirmou o parlamentar, durante reunião desta terça-feira da Comissão de Educação do Senado. O ex-ministro e pastor presbiteriano Milton Ribeiro carregava uma pistola Glock calibre 9 milímetros, com licença válida até 2025. A autorização para porte foi emitida em dezembro de 2020, cinco meses após assumir o comando do Ministério da Educação (MEC) no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Barra de ouro

Em depoimento à Polícia Federal, Ribeiro afirmou que ao abrir sua pasta de documentos, por medo de expor a arma publicamente no balcão, pegou a arma para separá-la do carregador “dentro da própria pasta”, momento em que houve o disparo. Uma funcionária da empresa aérea Gol, que estava em guichê próximo, foi atingida por estilhaços. Há um requerimento do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias de desvios de recursos com anuência do então ministro, o pastor Milton Ribeiro, e participação dos também pastores evangélicos Arilton Moura e Gilmar Santos, que operariam um esquema de distribuição de recursos da pasta em troca de propina, cobrada inclusive em barra de ouro. Os religiosos eram próximos ao presidente Bolsonaro.
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo