"Afinal, uma gravação de um ministro, que aliás esses dias deu tiro no aeroporto. Um cara que anda armado no Aeroporto. Uma pessoa completamente despreparada. Precisamos investigar quem é essa pessoa inclusive. O que ela fazia, como fazia. Geria a Educação do país dessa forma. Isto é urgente”, disse o senador Jean Paul Prates (PT-RN).
Por Redação - de Brasília
O disparo de uma arma de fogo em posse do ex-ministro da Educação, o pastor evangélico Milton Ribeiro, no aeroporto de Brasília na tarde desta segunda-feira, reforça a urgência da abertura da CPI do MEC. É o que defende o senador Jean Paul Prates (PT-RN).
— Precisamos de fato investigar o que aconteceu. Afinal, uma gravação de um ministro, que aliás esses dias deu tiro no aeroporto. Um cara que anda armado no Aeroporto. Uma pessoa completamente despreparada. Precisamos investigar quem é essa pessoa inclusive. O que ela fazia, como fazia. Geria a Educação do país dessa forma. Isto é urgente — afirmou o parlamentar, durante reunião desta terça-feira da Comissão de Educação do Senado.
O ex-ministro e pastor presbiteriano Milton Ribeiro carregava uma pistola Glock calibre 9 milímetros, com licença válida até 2025. A autorização para porte foi emitida em dezembro de 2020, cinco meses após assumir o comando do Ministério da Educação (MEC) no governo de Jair Bolsonaro (PL).
Barra de ouro
Em depoimento à Polícia Federal, Ribeiro afirmou que ao abrir sua pasta de documentos, por medo de expor a arma publicamente no balcão, pegou a arma para separá-la do carregador “dentro da própria pasta”, momento em que houve o disparo. Uma funcionária da empresa aérea Gol, que estava em guichê próximo, foi atingida por estilhaços.
Há um requerimento do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias de desvios de recursos com anuência do então ministro, o pastor Milton Ribeiro, e participação dos também pastores evangélicos Arilton Moura e Gilmar Santos, que operariam um esquema de distribuição de recursos da pasta em troca de propina, cobrada inclusive em barra de ouro.
Os religiosos eram próximos ao presidente Bolsonaro.