Rio de Janeiro, 05 de Maio de 2025

Secretário diz que plano de paz de Trump 'não é traição' à Ucrânia

A declaração é dada após ter dito que os EUA provavelmente não apoiariam as principais exigências de paz da Ucrânia, incluindo a retomada de fronteiras anteriores a 2014.

Quinta, 13 de Fevereiro de 2025 às 12:02, por: CdB

A declaração é dada após ter dito que os EUA provavelmente não apoiariam as principais exigências de paz da Ucrânia, incluindo a retomada de fronteiras anteriores a 2014.

Por Redação, com ANSA – de Washigton

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, disse nesta quinta-feira que o seu país está empenhado na paz e que a proposta do presidente Donald Trump de tentar negociar o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia “não é uma traição” a Kiev.

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Trump conversou com Putin e Zelensky por telefone

– Há um reconhecimento de que o mundo inteiro e os EUA estão empenhados na paz, em uma paz negociada – declarou Hegseth antes de uma reunião dos ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Bruxelas.

Questionado sobre a posição expressa por Trump sobre as negociações, o chefe do Pentágono enfatizou que “não é uma traição” à Ucrânia. “Ele é o melhor negociador do planeta, só ele pode trazer os poderes à mesa”.

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A declaração é dada após ter dito que os EUA provavelmente não apoiariam as principais exigências de paz da Ucrânia, incluindo a retomada de fronteiras anteriores a 2014 e as suas aspirações de longa data de adesão à Otan, que Hegseth considerou “irrealistas” O secretário norte-americano acrescentou ainda que os EUA “reconhecem os esforços” feitos pelos europeus no conflito e estão orgulhosos da Otan.

– A guerra na Ucrânia foi um chamado para despertar, a aliança deve ser real e atingir 5% do PIB em defesa é essencial, porque a máquina de guerra russa está em operação e é uma responsabilidade europeia reagir –  alertou.

Estados Unidos

Segundo Hegseth, “os Estados Unidos são um parceiro ativo da Aliança e continuarão sendo no futuro”. “Permaneceremos ao lado dos aliados na Europa por uma Otan forte”, concluiu.

Paralelamente, a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, disse ter se reunido com o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, que garantiu que “os ucranianos são firmes e não abrirão mão de sua liberdade e de seu território”.

– A Europa também será firme e continuará apoiando a Ucrânia em sua luta – acrescentou ela em suas redes sociais, enfatizando que “qualquer solução rápida para a Ucrânia é um acordo sujo” que já foi visto antes e não vai funcionar.

De acordo com Kallas, isso “não vai parar as mortes” e “a guerra vai continuar”. “Se fizermos uma comparação, podemos traçar um paralelo com 1938: não é uma boa tática de negociação se você entregar tudo antes mesmo de as discussões começarem. É apaziguamento, e não funciona”, concluiu.

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