Na primeira fase da produção, o foco será o tratamento de leucemia e linfoma. Assim como a produção de um tratamento terapêutico para a aids, que ainda está em fase de testes clínicos nos Estados Unidos.
Por Redação, com Poder360 - de Brasília
O Ministério da Saúde lançou a Estratégia Fiocruz para Terapias Avançadas, programa para produção nacional de tratamentos para o câncer e doenças raras. O órgão assinou um acordo de transferência de tecnologia com a norte-americana Caring Cross com duração de 36 meses e no valor de R$ 330 milhões.
A iniciativa faz parte das ações previstas no CEIS (Complexo Econômico-Industrial da Saúde) e no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O acordo foi assinado em 26 de março, na sede da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio e contou com a presença da ministra Nísia Trindade.
– Estamos celebrando uma política do nosso governo que queremos fixar como política de Estado, que é a viabilidade econômico-sanitária de empreendimentos públicos no Complexo Industrial da Saúde, na linha de ter um Brasil bem cuidado a serviço da vida e de um SUS mais forte – declarou Nísia no lançamento.
Com o contrato, a Fiocruz passará a produzir exclusivamente no Brasil e na América Latina células CAR-T e vetores lentivirais, utilizados no tratamento de doenças oncológicas, genéticas e infecciosas. A parceria possibilita reduzir os custos de produção e acesso a terapias gênicas no SUS (Sistema Único de Saúde).
Tecnologia com células CAR-T
O acordo também permite que o Inca (Instituto Nacional do Câncer) realize ensaios clínicos voltados para cânceres hematológicos. A tecnologia com células CAR-T permite o uso das próprias células de defesa do organismo para combater as que estejam infectadas.
Na primeira fase da produção, o foco será o tratamento de leucemia e linfoma. Assim como a produção de um tratamento terapêutico para a aids, que ainda está em fase de testes clínicos nos Estados Unidos. O custo desses tratamentos está entre os mais altos do mercado, com preços superiores a R$ 2 milhões por dose, segundo o Ministério da Saúde. Com a produção local, os custos podem cair a 10%, para perto de R$ 173 mil.