Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Rússia diz que resultado de cúpula sobre guerra foi insignificante

As declarações do Kremlin foram feitas depois da cúpula, no fim de semana, em que as potências ocidentais e seus aliados denunciaram a invasão da Ucrânia pela Rússia, mas não conseguiram persuadir Estados não alinhados ao Ocidente a aderir à declaração final.

Segunda, 17 de Junho de 2024 às 10:54, por: CdB

As declarações do Kremlin foram feitas depois da cúpula, no fim de semana, em que as potências ocidentais e seus aliados denunciaram a invasão da Ucrânia pela Rússia, mas não conseguiram persuadir Estados não alinhados ao Ocidente a aderir à declaração final.

Por Redação, com Reuters – de Moscou

A Rússia disse nesta segunda-feira que a conferência organizada pela Suíça sobre a guerra na Ucrânia produziu resultados insignificantes e mostrou a futilidade de realizar discussões sem a presença de Moscou.

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O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov

As declarações do Kremlin foram feitas depois da cúpula, no fim de semana, em que as potências ocidentais e seus aliados denunciaram a invasão da Ucrânia pela Rússia, mas não conseguiram persuadir Estados não alinhados ao Ocidente a aderir à declaração final.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que os resultados da reunião, à qual a Rússia não foi convidada, foram “próximos de zero”.

Em conversa com repórteres, Peskov foi questionado se o fato de países como Hungria, Sérvia e Turquia terem participado do encontro e assinado a declaração prejudicaria as relações da Rússia com eles.

– Não, isso não vai prejudicá-los. É claro que levaremos em conta a posição que esses países tomaram, isso é importante para nós e continuaremos explicando nosso raciocínio a eles – disse Peskov.

– Muitos deles, e esse foi um ponto de vista comum sobre o evento, confirmaram sua compreensão da ausência de perspectivas para quaisquer discussões sérias e substanciais sem a presença de nosso país. Se falarmos sobre a eficácia geral dessa reunião, ela é próxima de zero.

Otan

O presidente russo, Vladimir Putin, disse na semana passada que a Rússia estava disposta a acabar com a guerra, mas estabeleceu condições para a Ucrânia, renunciar às suas ambições de ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e retirar as tropas de quatro regiões reivindicadas pelo país, o que Kiev rejeitou como equivalente à rendição.

– É claro que entendemos perfeitamente que chegará um momento em que será necessário conversar com a Rússia – disse o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba. “Mas nossa posição é muito clara: não permitiremos que a Rússia fale na linguagem de ultimato como está falando agora.”

Peskov disse que o que chamou de iniciativa de paz de Putin permanecia na agenda e reafirmou a posição de Moscou de que está aberta ao diálogo.

No terceiro ano da guerra, a Rússia controla quase 20% da Ucrânia e tem avançado gradualmente em várias frentes desde fevereiro.

Mais de 90 países participaram das discussões de dois dias na Suíça. A decisão da China de não participar praticamente garantiu que a cúpula não atingiria o objetivo da Ucrânia, de persuadir os principais países do “Sul global” a se unirem para isolar a Rússia.

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