A declaração afirmou, no entanto, que a Rosneft firmou um acordo com uma empresa "100% controlada pelo governo da Federação Russa para vender todas as suas ações e ceder sua participação nas operações venezuelanas”.
Por Redação, com agências internacionais - de Moscou
A companhia estatal russa de petróleo Rosneft anunciou, neste sábado, o fim de suas atividades na Venezuela, onde o grupo estava muito presente, devido à ameaça de sanções dos Estados Unidos. "A Rosneft anuncia o fim de suas operações na Venezuela e a transferência de seus ativos" no país sul-americano, afirmou o comunicado divulgado pela agência francesa de notícias AFP.
EUA pretendem afetar seriamente os interesses energéticos dos países que apoiam o governo de Nicolás Maduro
A declaração afirmou, no entanto, que a Rosneft firmou um acordo com uma empresa "100% controlada pelo governo da Federação Russa para vender todas as suas ações e ceder sua participação nas operações venezuelanas”.
Isso implicaria que o governo russo continuaria sendo um aliado essencial de Caracas.
A Rosneft havia sido submetida nos últimos meses a sanções e ameaças de Washington por causa de sua atividade na Venezuela.
Caribe
Em fevereiro, o governo dos EUA anunciou sanções contra uma de suas subsidiárias por causa de sua presença no país.
Citado pela agência de notícias Ria Novosti, o porta-voz da Rosneft, Mikhail Leontiev, disse que a empresa "cumpriu suas obrigações e agora tem o direito de esperar" o levantamento de sanções contra ela.
A Rússia e a Venezuela concordaram em agosto passado em desenvolver a exploração de dois campos de gás no Caribe, na costa do estado de Sucre (leste).
Os investimentos de Rosneft na Venezuela eram pessoalmente dirigidos por seu diretor, Igor Sechin, muito próximo a Vladimir Putin. A Rússia é, juntamente com a China e Cuba, um dos principais apoiadores do líder socialista Nicolás Maduro.