O governo do presidente Jair Bolsonaro foi eleito com a promessa de zerar o déficit das contas públicas já neste ano e o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou publicamente que trabalhará neste sentido.
Por Redação, com Reuters - de Brasília
Economistas passaram a ver em março um rombo primário menor que o esperado antes para este ano, mas ajustaram as contas para cima para o ano que vem, conforme relatório Prisma Fiscal divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia.
Segundo a mediana dos dados coletados até o quinto dia útil deste mês, a expectativa para o déficit primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) passou a R$ 98,175 bilhões em 2019, abaixo dos R$ 99,560 bilhões vistos em fevereiro, e com larga margem sobre a meta oficial de um déficit de R$ 139 bilhões.
Cessão onerosa
O governo do presidente Jair Bolsonaro foi eleito com a promessa de zerar o déficit das contas públicas já neste ano e o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou publicamente que trabalhará neste sentido.
Mas diante do forte descasamento entre receitas e despesas no país, agravado pela rigidez de gastos obrigatórios como com Previdência e com a folha de salário do funcionalismo, a tarefa somente será possível mediante arrecadação de receitas extraordinárias, como com o leilão do excedente do pré-sal, que pode render à União mais de R$ 100 bilhões.
O processo, contudo, ainda depende de uma série de definições, como a revisão do contrato da cessão onerosa com a Petrobras.