As inscrições devem ser feitas pelo site carnavalderua2025.com.br até 21/1. O sorteio será no dia seguinte. O resultado será divulgado via SMS. A agenda de blocos tem início dia 1º de fevereiro.
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro
A Riotur vai credenciar 15 mil vendedores autônomos para trabalhar durante os desfiles dos blocos de rua no Carnaval 2025. São 5 mil a mais do que em 2024. A empresa abriu, nesta segunda-feira a partir das 18h, a primeira etapa do credenciamento.
As inscrições devem ser feitas pelo site carnavalderua2025.com.br até 21/1.
O sorteio será no dia seguinte. O resultado será divulgado via SMS. A agenda de blocos tem início dia 1º de fevereiro.
Os interessados devem ser brasileiros maiores de 18 anos, ter carteira de identidade, CPF e comprovante de residência no município do Rio.
Os vendedores sorteados devem comparecer ao local a ser divulgado, para a comprovação dos requisitos exigidos em regulamento, além de receberem mais informações sobre os demais trâmites (retirada do kit – colete, isopor e credencial). Os aprovados também receberão treinamento até estarem habilitados a trabalhar legalmente nos blocos de rua. O período de permissão de venda vai de 1º de fevereiro até 9 de março.
Abertura não oficial do carnaval reúne foliões no Rio
Em cada esquina, um bloco: esse é o espírito da abertura não oficial do carnaval do Rio de Janeiro, que reúne milhares de foliões, do Aterro do Flamengo à região da Praça XV, no centro. São cerca de 30 blocos, e a maioria prefere desfilar de forma não oficial, ou seja, sem participar do processo de cadastramento da prefeitura.
O músico Guto Souza, que toca tuba em blocos há mais de 10 anos, explica o porquê: “É um encontro de amigos e de músicos que estão tocando de forma informal, sem ser um trabalho. A gente sempre tenta fugir da multidão.”
Neste domingo, por exemplo, ao chegar à Praça XV, Guto encontrou dois amigos, que também tocam tuba, e estavam aguardando a hora de se apresentar. O tamanho do instrumento impressiona, mas Diojaime Viana diz que não consegue largar: “A gente não tem juízo, é um instrumento que pesa 14 quilos, mas se o bloco tem uma tuba é porque a banda é boa. Se alguém saiu de casa com um instrumento desse, pra tocar na rua, significa que ele não está ali só passeando. Ele quer se encontrar com os amigos e ter momentos bem divertidos.”
Outra presença já tornou tradicional nos blocos cariocas são as pernaltas: foliãs que desfilam com pernas de pau, como Cintia Caroline. Ela se encantou pela prática assistindo a outras pernaltas em um bloco e, há cinco anos, resolveu aprender para também curtir a folia do alto. “É encantador aos olhos e é de uma potência muito grande. Tem toda essa carga que a gente traz enquanto mulher, muitas vezes oprimidas em determinadas situações mas, em cima da perna de pau, livres e felizes e mostrando toda a sua potência. Foi o que me fez querer estar nesse lugar também.”
E o encanto foi tão grande que hoje ela também desfila como pernalta em blocos de Belo Horizonte, onde mora: – Eu sempre faço esse início de carnaval no Rio, despois eu vou pra BH, e passo todo meu carnaval oficial lá, e no pós eu volto pro Rio – explicou Cinthia.
Carnaval prolongado
E esse carnaval prolongado do Rio de Janeiro é comemorado também pelos trabalhadores da folia, como Jaqueline dos Santos Ferreira, que vende drinks em festas de rua há cinco anos. Cada cortejo deixa a ambulante um pouquinho mais perto dos seus grandes sonhos: “Comprar minha casa e garantir que meus filhos façam faculdade. Esse é o meu projeto. Eu trabalho de quinta a domingo, e acho que esse ano vai ser muito bom de vendas”, torce Jaqueline.