O sistema vai operar em conjunto com a ETA Guandu, totalizando a produção e o tratamento de 55 mil l/s para 12 milhões de habitantes na capital e na Baixada Fluminense. O Novo Guandu terá investimentos de mais de R$ 2 bilhões.
Por Redação, com Diário do Rio - do Rio de Janeiro
A Cedae está construindo uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA). O sistema Guandu II fica em Nova Iguaçu, próximo à antiga ETA, e vai produzir mais 12 mil litros de água por segundo (l/s), alcançando 3 milhões de pessoas na Baixada Fluminense e também em outras partes da Região Metropolitana. Caso a licitação seja aprovada em 2023, a previsão de conclusão da obra é para o segundo semestre de 2025.
Segundo a Cedae, o novo sistema vai possibilitar que toda a Baixada Fluminense seja abastecida com água potável. “Vamos resolver uma antiga demanda da região“, afirma Humberto Melo Filho, diretor responsável pelo projeto.
O sistema vai operar em conjunto com a ETA Guandu, totalizando a produção e o tratamento de 55 mil l/s para 12 milhões de habitantes na capital e na Baixada Fluminense. O Novo Guandu terá investimentos de mais de R$ 2 bilhões. Na prática, a operação será a mesma: captar do Rio Guandu e realizar todo o processo de purificação da água para que a distribuição seja realizada.
A estrutura física do novo sistema será maior que a ETA Guandu e a obra terá quatro fases. Um muro para a marcação das instalações já começou a ser erguido no local.
De acordo com Humberto Melo Filho, a Nova Estação poderá, ainda, possibilitar a Cedae a fazer manutenção ou obras na rede sem precisar interromper a produção de água, como aconteceu na última semana.
– Qualquer reforma ou manutenção hoje em dia eu não consigo fazer sem paralisar o sistema por falta desse ‘backup’. Com esse novo sistema, isso vai ser possível porque vou ter essa sobra de água – explicou Humberto.
Aulas no Canteiro
Enquanto as obras acontecem, a Cedae realiza um projeto social com operários que estão trabalhando na construção do sistema Guandu II. Foi identificado que 38 dos 250 trabalhadores deste início de projeto são analfabetos. Diante disso, a iniciativa Aulas no Canteiro começou a funcionar.
– Contratamos professoras da região e os trabalhadores estão aprendendo a ler e escrever após o expediente. Além disso, as horas de aula são convertidas em hora extra – detalha Humberto Melo Filho.