Roraima e Rio de Janeiro são os únicos dois Estados com taxas de ocupação superiores a 60%. Já as cidades do Rio, com taxa de ocupação de 94% e de Boa Vista, com 82%, permanecem na zona de alerta crítico.
Por Redação, com Brasil de Fato e ABr - do Rio de Janeiro
O último boletim extraordinário do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado na quarta-feira revela que o cenário de melhora nas taxas de ocupação de leitos de UTI para adultos no SUS persiste, com mais de 90% das unidades da Federação e 85% das capitais estando fora da zona de alerta.Covid-19
De acordo com os pesquisadores do Observatório, os dados do boletim apontam a tendência geral de diminuição da incidência de casos graves, internações e mortes por covid-19. “A redução simultânea e proporcional desses indicadores demonstra que a campanha de vacinação está atingindo o objetivo de proteger a população do impacto da doença. No entanto, o ainda alto índice de positividade dos testes e a elevada taxa de letalidade da doença (atualmente em 3%) revela que a transmissão do vírus é intensa e diversos casos assintomáticos ou não confirmados podem estar ocorrendo, sem registro nos sistemas de informação”, ressaltam.Risco moderado
A cidade do Rio de Janeiro reclassificou seis das 33 regiões administrativas do município para o risco moderado de transmissão da covid-19, na cor amarela. São elas: Portuária, São Conrado, Penha, Ilha de Paquetá, Santa Tereza e Barra da Tijuca. As outras 27 regiões seguem com risco alto, de cor laranja e as medidas de proteção e distanciamento foram prorrogadas até o dia 20 de setembro.
As informações foram apresentadas no 36º Boletim Epidemiológico da prefeitura, na manhã desta sexta-feira. Segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica, Márcio Garcia, o atendimento na rede de urgência e emergência para síndrome gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que indicam suspeita de covid-19, tiveram uma redução nos últimos dias, que se confirma na queda das internações pela doença nas unidades de saúde.
“Comparando a semana passada com a semana 33, de duas semanas anteriores, temos uma redução de 26% nos casos confirmados. Antes a gente tinha 10% de redução. A nossa fila para internação continua zerada e ontem chegamos a ficar abaixo de 700 pessoas internadas, isso é um resultado bastante importante para o momento que estamos vivendo.”
O secretário de Saúde do município, Daniel Soranz, destacou que a variante Delta do Sars-CoV-2 já responde por 95,8% dos casos de covid-19 na cidade, mas que ela tem apresentado uma menor letalidade, o que pode ser efeito do avanço da vacinação.
– Já tivemos 1.400 pacientes internados com covid-19 e agora temos 683, é uma queda de mais de 50%. Claro que não mantemos esses leitos abertos, aí consequentemente a taxa de ocupação aumentaria. Temos fila zerada, então não faz sentido manter os leitos para covid. Nas últimas duas semanas, começamos a ver uma queda muito expressiva de solicitações de internações hospitalares. A gente já esperava que isso fosse acontecer, com o aumento da cobertura vacinal.
De acordo com Soranz, 55,7% dos adultos da cidade já estão totalmente vacinados, com a dose única da Jansen ou com as duas doses da Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer.

