Segundo a Polícia Federal (PF), os vinhos comercializados no esquema entravam no Brasil de forma irregular, sem o controle do Ministério da Agricultura, e eram vendidos, em média, pela metade do preço daquele ofertado no mercado.
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
Policiais federais fizeram, nesta quarta-feira, operação para desarticular um esquema de venda de vinhos contrabandeados no norte do estado do Rio de Janeiro.
A operação Estáfilo, que conta com o apoio da Receita Federal, cumpre cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal de Campos dos Goytacazes.
Os mandados estão sendo cumpridos em endereços residenciais e comerciais na cidade de Macaé.
Segundo a Polícia Federal (PF), os vinhos comercializados no esquema entravam no Brasil de forma irregular, sem o controle do Ministério da Agricultura, e eram vendidos, em média, pela metade do preço daquele ofertado no mercado.
A PF investiga os crimes de contrabando e associação criminosa. De acordo com a PF, o nome da operação é uma referência a Estáfilo, filho de Dioniso, o Deus do Vinho na mitologia grega.
Falsidade documental
Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Federal deflagrou a operação Fugere Urbem para apurar a apresentação de documentos com assinaturas supostamente falsas durante o requerimento de emissão de passaportes, no Posto da PF em Cabo Frio/RJ.
Na ação desta quarta-feira, os policiais federais cumprem um mandado de busca e apreensão e duas medidas cautelares alternativas, expedidas pela 3 ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, em endereço localizado no município de Cabo Frio, na Região dos Lagos*.
A investigação teve início a partir das suspeitas envolvendo a esposa de um dos investigados na “Operação Kryptos”, que solicitou à Polícia Federal a emissão de passaporte e autorização para viagem do filho menor mediante a apresentação de documentos com assinaturas supostamente falsas.
O envolvido é um dos principais operadores financeiros do esquema de criptomoedas revelado na “Operação Kryptos” e está foragido da Justiça desde setembro de 2023.
A Operação “Fugere Urbem” foi deflagrada para esclarecer o contexto das possíveis fraudes e o envolvimento de terceiros na sua confecção, bem como interromper o processo de fuga familiar dos investigados para o exterior.
Além do mandado de busca e apreensão, a Justiça determinou aos investigados o cumprimento de medidas cautelares alternativas, como a proibição de se ausentar do país e de retenção de passaporte.
Em virtude dos fatos apurados na operação, os investigados poderão responder judicialmente pelos crimes de falsificação de documento, uso de documento falso e associação criminosa, cujas penas somadas podem ultrapassar 12 anos de prisão.
O material apreendido nas buscas será submetido à análise da equipe de investigação e à perícia criminal, podendo surgir novos fatos e pessoas investigadas.
Fugere urbem é uma expressão em latim que significa "fugir da cidade".