Os apenados vão trabalhar somente em funções administrativas e burocráticas, e, mesmo que tenham conhecimento técnico, não poderão ser aproveitados no atendimento direto aos pacientes.
Por Redação, com ACS - de Rio de Janeiro
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, assinou na quarta-feira, acordo com o Tribunal Regional Federal (TRF) para que condenados da Justiça possam prestar serviços em unidades da rede municipal de saúde como forma de pena alternativa. Os apenados vão trabalhar somente em funções administrativas e burocráticas, e, mesmo que tenham conhecimento técnico, não poderão ser aproveitados no atendimento direto aos pacientes. A cerimônia de assinatura aconteceu no Palácio da Cidade, em Botafogo. – Um acordo como esse é um legado. E nós da Prefeitura temos procurado dar nossa parcela de contribuição na ressocialização. Por exemplo: parte dos uniformes dos alunos das escolas municipais é costurada por detentas da Fundação Santa Cabrini – disse Crivella aos juízes federais, referindo-se a uma medida adotada no início deste ano por sua administração. O acordo de cooperação técnica é celebrado inicialmente com a 9ª Vara Federal Criminal, mas outras varas poderão também aderir. Ele está em conformidade com a Lei de Execuções Penais (LEP), nº 7.210, que autoriza, para crimes de menor poder ofensivo, a prestação de serviços comunitários como pena alternativa, em vez da reclusão. Pelos termos do acordo, inédito entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a Justiça Federal, as unidades da rede municipal de saúde receberão os apenados conforme sentença estabelecida pelo juízo. – Esse convênio é a prova de que podemos inovar em benefício do cidadão. É um ato de cooperação por excelência, entre União e município. Esperamos que ele dê muitos frutos e gere outros, com outras secretarias – afirmou o juiz federal Osair Victor de Oliveira Júnior, diretor do Foro da Seção Judiciária, que assinou o acordo em nome da Justiça Federal.