"A maior parte dos membros condenou com força a guerra na Ucrânia destacando que ela causa imenso sofrimento e aumenta as fragilidades que atingem a economia global", diz um trecho do documento, que "reitera" as posições adotadas em outras reuniões do G20.
Por Redação, com Ansa - de Bangalore, Índia
A reunião dos ministros das finanças dos países-membros do G20 foi concluída, neste sábado em Bangalore, Índia, sem consenso na carta final, por conta da guerra na Ucrânia. Após uma intensa polêmica com os países ocidentais, Rússia e China se opuseram a trechos do documento em que há condenação a Moscou.
"A maior parte dos membros condenou com força a guerra na Ucrânia destacando que ela causa imenso sofrimento e aumenta as fragilidades que atingem a economia global", diz um trecho do documento, que "reitera" as posições adotadas em outras reuniões do G20, promovido pelo presidente da Índia, Narendra Modi.
O texto ainda diz que "é essencial apoiar o direito internacional e o sistema multilateral que protege a paz e a estabilidade" e que o "uso de armas nucleares é inadmissível" em qualquer circunstância.
Solução
A polêmica começou ainda durante a semana quando foi ventilado que a presidência rotativa do grupo, feita pela Índia, não queria por a palavra "guerra" no documento para não desagradar os russos. A decisão revoltou os países ocidentais, especialmente os que fazem parte também do G7, que chegaram a dizer que não assinariam o documento final.
— Não podemos colocar em discussão o que foi aprovado em Bali [cúpula de líderes do G20] e qualquer outra solução seria algo inaceitável — chegou a dizer o ministro italiano Giancarlo Giorgetti antes do início da reunião deste sábado.
Ao fim do encontro, o representante italiano publicou uma nota em que afirma que "os contorcionismos sobre a Ucrânia e, sobretudo, os desafios climáticos complicam e aumentam as divergências".
— A segurança energética e a insegurança alimentar estão quebrando o mundo em dois — resumiu.