A taxa básica precisaria subir 1 ponto percentual nesta reunião, de 12,25% para 13,25% ao ano, para manter o combate aos preços altos e controlar os mecanismos inflacionários, o que de fato ocorreu.
Por Redação – de Brasília
A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), encerrada após o fechamento do mercado financeiro, nesta quarta-feira, ocorria sob intensa pressão inflacionária, o que levou analistas à unanimidade por um aumento de 1% na taxa básica de juros, a Selic. A reunião foi a primeira sob o atual comando do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo.

Trata-se da quarta elevação consecutiva da Selic, confirmada na previsão dos analistas. Segundo a edição mais recente do Boletim Focus, pesquisa semanal com economistas, a taxa básica precisaria subir 1 ponto percentual nesta reunião, de 12,25% para 13,25% ao ano, para manter o combate aos preços altos e controlar os mecanismos inflacionários, o que de fato ocorreu.
No comunicado da última reunião, em dezembro, o Copom já havia informado que elevaria os juros básicos em 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e de março. Segundo o comitê, o agravamento das incertezas externas e os ruídos provocados pelo pacote fiscal do governo no fim do ano passado justificam o aumento dos juros básicos no início de 2025.
Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e uma de 1 ponto percentual.
Dólar
Na ata da última reunião, em dezembro, o Copom alertou para o prolongamento do ciclo de alta da Taxa Selic. A autarquia informou que o cenário econômico exige uma política monetária contracionista e confirmou a intenção de duas elevações de 1 ponto. O BC citou a alta recente do dólar e da inflação para uma “política ainda mais contracionista”.
Segundo o último boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo BC, a estimativa de inflação para 2025 subiu de 4,96% há quatro semanas para 5,5%. Isso representa inflação acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, podendo chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto.