Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Resiliente, Lula resiste às medidas eleitoreiras de Bolsonaro

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Quinta, 25 de Agosto de 2022 às 12:28, por: CdB

O resultado é o mesmo daquele registrado no último levantamento, feito em julho. A vantagem do líder popular sofreu apenas uma leve redução, de 11 para 8 pontos percentuais em relação ao segundo lugar, que aparece com 36% das intenções de voto. Em relação à pesquisa anterior, o candidato à reeleição tinha 33% das intenções.

Por Redação - de São Paulo
As medidas eleitoreiras tomadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na tentativa de superar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas pesquisas eleitorais, até agora não funcionaram. Lula se mantém em primeiro lugar na corrida ao Palácio do Planalto, com 44% das intenções de voto, de acordo com nova pesquisa do instituto Ideia, contratada pela Exame e divulgada nesta quinta-feira.
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Lula critica o mandatário Jair Bolsonaro por seu discurso de ódio e se mantém na liderança da corrida eleitoral
O resultado é o mesmo daquele registrado no último levantamento, feito em julho. A vantagem do líder popular sofreu apenas uma leve redução, de 11 para 8 pontos percentuais em relação ao segundo lugar, que aparece com 36% das intenções de voto. Em relação à pesquisa anterior, o candidato à reeleição tinha 33% das intenções. O aumento, contudo, está no limite da margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Isolado em terceiro lugar, aparece o ex-governador Ciro Gomes (PDT), com 9% dos votos. Ele é seguido pela senadora Simone Tebet (MDB), que alcançou 4%. Os candidatos Pablo Marçal (Pros), Felipe D’Ávila (Novo) e Vera Lúcia (PSTU) tiveram 1% cada.

Oscilações

Os demais foram citados na pesquisa estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos, mas pontuaram menos de 1%. Os votos brancos e nulos somam 2%. E indecisos, 3%. O instituto também avaliou o impacto da chamada PEC dos Auxílios Emergenciais, também conhecida como PEC Kamikaze, aprovada em julho pelo Congresso. O projeto é de autoria do Executivo que, às vésperas das eleições, criou uma série de benefícios sociais para reverter sua rejeição diante do eleitorado. As medidas são válidas apenas até o fim do ano. Entre elas, está a ampliação do Auxílio Brasil, que passou de R$ 400 para R$ 600. No entanto, a pesquisa mostra que o benefício não mudou o cenário eleitoral, em favor de Bolsonaro, como era esperado pela campanha do presidente. De acordo com o levantamento, não houve crescimento das intenções de voto nas classes D e E para o candidato à reeleição. Bolsonaro manteve 28% dos votos já registrados em julho. Lula segue como favorito entre essa parcela do eleitorado, mais sensível aos benefícios. O petista tem agora 54% da preferência, ante 56% que registrava há um mês.

Alta rejeição

Ainda segundo a pesquisa, o mandatário permanece como candidato mais rejeitado. Ao todo, 45% dos entrevistados responderam que não votariam no atual presidente de jeito nenhum. — O saldo da avaliacão do governo Bolsonaro ainda é deficitário. E esse resultado tem impacto obviamente no potencial eleitoral dele. O teto de rejeição é maior do que o do ex-presidente Lula. Dessa maneira, continuo acreditando que vai ganhar quem tiver uma rejeição menor — observa Moura. Ainda segundo Moura, as chances de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) estão diretamente vinculadas a duas variáveis fora do tradicional índice de intenção de votos: a aprovação e reprovação do governo. De acordo com o estudo a partir do histórico de reeleição e aprovação de governos estaduais e federais, um índice de apoio acima de 50% daria ao presidente ou governador uma probabilidade de reeleição de 86%.

Avaliação

Mas a média atual de eleitores que consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom de 34% na pesquisa limita suas chances a 23%. — A boa notícia para Bolsonaro na curvas das últimas pesquisas é que a aprovação ao governo tende a subir, mais pela redução no preço dos combustíveis do que pelo reajuste no Auxílio Brasil. A má notícia é que a desaprovação ao governo segue alta demais, 46% — compara Moura. Entre os mais pobres, 54% consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo. Histórico de pesquisas levantadas por Moura mostra que hoje o governo Bolsonaro tem uma avaliação positiva levemente maior do que o da presidenta deposta Dilma Rousseff (PT) em agosto de 2014, mas a desaprovação é muito maior. — O saldo do governo é deficitário. O obstáculo de Bolsonaro será transformar a desaprovação em avaliação regular, depois para positiva e, finalmente, convencer este eleitor a votar pela reeleição. Tudo isso em pouco mais de um mês de campanha — analisa Moura.

Segundo turno

A pesquisa também simulou um cada vez mais remoto segundo turno entre Lula e Bolsonaro. O petista alcançou 49% dos votos contra 40% do candidato do PL. O resultado mostra estabilidade com relação ao último estudo, quando Lula tinha 49% e Bolsonaro 37%. As oscilações também estão dentro da margem de erro da pesquisa. Para a pesquisa Exame/Ideia foram ouvidas 1,5 mil pessoas entre sexta e quarta-feiras. As entrevistas foram feitas por telefone, tanto fixos residenciais quanto para celulares. O estudo também está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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