Segunda, 02 de Setembro de 2019 às 07:53, por: CdB
Após declarações polêmicas e de mal gosto, a desaprovação do governo Bolsonaro aumentou, principalmente, na região Nordeste.
Por Redação, com Reuters e Agências de Notícias- de Brasília:
A reprovação ao presidente Jair Bolsonaro subiu para 38% em agosto ante 33% em julho, enquanto a aprovação passou de 33% para 29%, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira.
Aqueles que avaliam o governo Bolsonaro como regular ficou estável, passando de 31% para 30%, segundo o levantamento realizado com 2.878 pessoas em 175 municípios. A pesquisa, publicada pelo diário paulistano Folha de S.Paulo, tem margem de erro de dois pontos percentuais.
Bolsonaro viu sua reprovação aumentar principalmente na Região Nordeste, onde aqueles que consideram seu governo ruim ou péssimo foram a 52% em agosto ante 41% em julho. No fim de julho, Bolsonaro chamou governadores nordestinos de “paraíbas” quando achava que não estava sendo gravado.
O aumento da rejeição do presidente também ocorre após as queimadas na Amazônia, que geraram forte pressão internacional sobre o Brasil. Pesquisa Datafolha divulgada no domingo mostrou grande rejeição à condução de Bolsonaro no quesito, com 51% dos entrevistados a considerando ruim ou péssima.
Entre outras medidas polêmicas dos últimos meses, o presidente anunciou que pretende indicar o filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada em Washington e entrou em desacordo com o ministro da Justiça, Sergio Moro.
O presidente também sofreu perda de apoio entre os mais ricos, aqueles com renda mensal acima de 10 salários mínimos, de acordo com o levantamento. Neste segmento, a aprovação caiu para 37% em agosto ante 52% em julho.
Também aumentou a rejeição ao comportamento de Bolsonaro. Para 32%, o presidente não se comporta de forma adequada para o cargo em nenhuma ocasião, uma alta de 7 pontos em relação a julho.
Ao sair do Palácio da Alvorada, em Brasília, Bolsonaro foi questionado sobre o resultado da pesquisa.
- Alguém acredita no Datafolha? Você acredita em Papai Noel? - perguntou o mandatário.
Pesquisa da pesquisa CNT/MDA já apontada desaprovação
Em agosto, uma pesquisa CNT/MDA apontou que a desaprovação ao desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro saltou para 53,7% em agosto, ante 28,2% em fevereiro. A pesquisa mostrou também que a aprovação pessoal do desempenho do presidente caiu para 41%, ante 57,5% em fevereiro.
O levantamento também mostrou que a avaliação positiva do governo Bolsonaro é de 29,4%, ante 38,9% em fevereiro. O percentual dos que têm uma avaliação negativa da gestão é agora de 39,5%, contra 19% em fevereiro. Os que avaliam o governo como regular são 29,1%, ante 29%, apontou a pesquisa.
Sobre a relação do mandatário brasileiro com o COngresso, 31,6% dos entrevistados afirmam que o presidente tem conseguido uma boa articulação para aprovar temas importantes para o Brasil, enquanto 55,6% acham que ele não está conseguindo articular as propostas. 12,8% não souberam ou não responderam.
A pesquisa mostrou, ainda, que entrevistados apontaram Saúde (54,7%), Educação (49,8%) e Emprego (44,2%) como os maiores desafios do atual governo. Dentre as onze opções apresentadas, os entrevistados deixaram Energia (2,0%), Saneamento (3,1%) e Transporte (3,5%) como os menores desafios.
A pesquisa colocou o Combate à Corrupção (31,3%), Segurança (20,8%) e Redução de cargos e ministérios (18,5%) como as áreas que o governo melhor atuou nestes oito meses.
Ainda de acordo com a pesquisa, Saúde (30,6%), Meio Ambiente (26,5%) e Educação (24,5%) foram apontados pelos entrevistados como as áreas de pior desempenho de Bolsonaro.
O fato de os filhos de Bolsonaro opinarem sobre integrantes e ações de seu governo também é vista de forma negativa pelos entrevistados. A pesquisa mostra que 72% consideram inadequada a postura do presidente Jair Bolsonaro de indicar um de seus filhos à embaixada dos Estados Unidos.
A pesquisa do instituto MDA, para a Confederação Nacional do Transporte (CNT), ouviu 2.002 pessoas, entre quinta-feira e domingo. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.