A declaração foi acompanhada por uma foto tirada pela primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, na Restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro, onde o casal aproveitou a folga da virada do ano.
Por Redação - de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) resolveu estender por mais algum tempo o retiro em uma praia paradisíaca do Rio de Janeiro e compartilhou sua animação para 2024 pelas redes sociais. O presidente e a mulher dele, Rosângela Silva, a Janja, divulgaram momentos de lazer e afirmaram que o presidente está "com muita energia para rodar o Brasil”.
A declaração foi acompanhada por uma foto tirada pela primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, na Restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro, onde o casal aproveitou a folga da virada do ano. "Reencontro com o mar para começar 2023 com muita energia para rodar o Brasil", postou Lula.
Lula tem planos de percorrer o país ao longo do ano para inaugurar obras em um contraponto à intensa agenda internacional feita por ele ao longo do ano passado. O retorno do presidente a Brasília, inicialmente programado para esta quarta-feira, foi adiado, provavelmente, para a semana que vem.
Meio ambiente
O contato do casal presidencial com as praias da Restinga da Marambaia serviu, também, para reforçar a intenção do governo Lula de encerrar, de uma vez por todas, o verdadeiro pesadelo ambiental instalado no Brasil, durante a gestão anterior, de Jair Bolsonaro (PL), que sabotou ativamente as políticas de proteção dos biomas e transformou o país em um pária mundial da diplomacia climática.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), reassumiu o ministério 15 anos após ter deixado o cargo. Inicialmente, ela desfez as "boiadas" de Ricardo Salles, como ficaram conhecidas as medidas tomadas pelo ex-ministro do Meio Ambiente que ajudaram a abrir a Amazônia para o crime ambiental.
O resultado veio mais rápido do que o esperado e surpreendeu os especialistas. O desmatamento na Amazônia caiu pela metade em 2023 e, embora ainda esteja alto, já retornou aos patamares pré-Bolsonaro.
— Temos números expressivos no controle do desmatamento da Amazônia. Expressivos e realmente impressionantes. Porque as equipe de fiscalização estão muito reduzidas. A curva de desmatamento da Amazônia claramente já foi invertida — comentou com jornalistas a especialista em políticas públicas do Observatório do Clima, Suely Araújo.
Empecilho
Com Lula, o Brasil também destravou e atraiu novas doações para o Fundo Amazônia, que financia projetos de preservação e economia sustentável e hoje acumula R$ 4 bilhões. Os recursos ficaram travados na época de Bolsonaro, depois que a gestão do ex-presidente extinguiu os mecanismos de governança do Fundo.
Para avançar mais, no entanto, o governo enfrenta problemas internos e externos. O Congresso, dominado pelo agronegócio, contrariou Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF) ao restabelecer o marco temporal, que restringe radicalmente a demarcação de terras indígenas.
— Há certas questões que são centrais para o governo, que conseguiu constituir uma maioria no Congresso, como no caso da reforma tributária, da questão fiscal ou da aprovação do indicado para o STF. Porém, nessa agenda socioambiental, o governo não tem conseguido constituir maiorias e tem sido derrotado, inclusive com vetos derrubados em algumas questões — resumiu Márcio Santilli, fundador do Instituto Socioambiental.