O alerta no relatório ‘Global Tipping Points’, elaborado por 160 pesquisadores de todo o mundo, que sintetiza a ciência inovadora para estimar os pontos sem retorno, devido ao uso massivo de combustíveis fósseis.
Por Redação, com Reuters – de Copenhague
O aquecimento global está ultrapassando limites perigosos mais cedo do que o esperado, com os recifes de coral do mundo agora em uma extinção quase irreversível, marcando o que os cientistas descreveram nesta terça-feira como o primeiro “ponto de inflexão” no colapso do ecossistema causado pelo clima.

O alerta no relatório ‘Global Tipping Points’, elaborado por 160 pesquisadores de todo o mundo, que sintetiza a ciência inovadora para estimar os pontos sem retorno, vem apenas algumas semanas antes da cúpula climática COP30 deste ano, a ser realizada em Belém.
Segundo o relatório, a Floresta Amazônica corre o risco de entrar em colapso quando a temperatura média global se aquecer além de apenas 1,5 grau Celsius, com base nas taxas de desmatamento, revisando para baixo o limite estimado para a Amazônia.
Mudança
Também é motivo de preocupação, caso as temperaturas continuem subindo, a ameaça de interrupção da principal corrente oceânica chamada ‘Célula de Revolvimento Meridional do Atlântico’, ou Amoc, que ajuda a garantir invernos amenos no norte da Europa.
— A mudança está ocorrendo rapidamente agora, de forma trágica, em partes do clima e da biosfera — disse o cientista ambiental Tim Lenton, da Universidade de Exeter, que é o principal autor do relatório, à agência inglesa de notícias Reuters, nesta segunda-feira.
Lenton observou sinais positivos no que diz respeito à eliminação gradual dos combustíveis fósseis mais responsáveis pelas mudanças climáticas. As energias renováveis, por exemplo, foram responsáveis por mais geração de eletricidade do que o carvão este ano pela primeira vez.