Nas contribuições enviadas ao governo relacionadas ao leilão de potência, diferentes agentes do setor elétrico apontaram que a preparação das usinas termelétricas para atender às necessidades de potência do sistema elétrico pode levar várias horas.
Por Redação – de Brasília
Geradores de energia renovável estão pedindo que o governo brasileiro garanta ressarcimento por restrições de produção que suas usinas eólicas e solares possam sofrer depois da contratação de usinas termelétricas no leilão de potência planejado para 2026.

O pedido, feito por grandes companhias elétricas como Enel na consulta pública do certame, tem por objetivo evitar a piora do “curtailment”, problema que afeta gravemente o setor brasileiro de renováveis, causando desperdício de recursos energéticos e impondo prejuízos financeiros milionários às empresas.
Nas contribuições enviadas ao governo relacionadas ao leilão de potência, diferentes agentes do setor elétrico apontaram que a preparação das usinas termelétricas para atender às necessidades de potência do sistema elétrico pode levar várias horas, dadas as características técnicas dos equipamentos.
Pico
Sendo assim, se contratados, empreendimentos como os movidos a carvão ficariam pelo menos 18 horas ligados para prover a potência que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisa por poucas horas, geralmente no fim do dia.
“Ou seja, para o atendimento ao pico de demanda no início da noite, tais usinas seriam acionadas no final da manhã para alcançar o ‘T-on’ (tempo mínimo ligado), com o potencial de agravar o curtailment sofrido pelas usinas renováveis tanto no período diurno, durante a rampa de acionamento, quanto noturno…”, apontou a associação Absolar.
A entidade defendeu que os cortes de geração das usinas eólicas e fotovoltaicas “não podem ser objeto de rebatimento comercial” para os geradores renováveis.