Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Reino Unido libera área interna de restaurantes e viagens 

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Segunda, 17 de Maio de 2021 às 11:12, por: CdB

Após quase cinco meses de restrições, estabelecimentos e companhias aéreas comemoram nova etapa de desconfinamento, mas Boris Johnson pede cautela. Aumento de casos da variante indiana preocupa o governo.

Por Redação, com DW - de Londres O Reino Unido deu nesta segunda-feira mais um passo para a normalização das atividades econômicas e sociais em seu território, apesar da preocupação de autoridades com a expansão da variante indiana da covid-19 no norte da Inglaterra.
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Jovens fazem fila para entrar em bar na cidade de Sheffield nas primeiras horas desta segunda
A nova flexibilização permite que bares, restaurantes e hotéis voltem a receber clientes em ambientes internos, as áreas externas já haviam sido reabertas em abril, e autoriza viagens internacionais, embora apenas 12 países e territórios sejam classificados como destinos seguros, sem a necessidade de fazer quarentena no retorno. As regras em vigor também permitem a reabertura de museus, cinemas, teatros, estádios esportivos e áreas de jogos para crianças, sujeitos a uma lotação máxima, e liberam encontros de pessoas de até seis pessoas de dois lares distintos em espaços fechados, após quase cinco meses de restrições para conter a pandemia. A exceção é a Irlanda do Norte, que irá decidir sobre a flexibilização das regras nesta quinta-feira.

Johnson pede precaução

Em uma mensagem em vídeo, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pediu que as pessoas tenham "precaução" na retomada dos contatos sociais e disse que "cada um deve contribuir" para evitar a propagação do vírus. – Tenha cuidado com os riscos para seus entes queridos, lembre-se que o contato físico, como os abraços, são uma forma direta de transmissão dessa doença. Pense nos riscos, levando em conta, por exemplo, se estão vacinados – disse.

Retomada das viagens

Alguns turistas não perderam tempo, como Keith e Janice Tomsett, um casal de aposentados já vacinados que decidiu viajar à ilha portuguesa de Madeira. Portugal é um dos poucos destinos para os quais não é necessário fazer quarentena na volta ao Reino Unido. – Depois de 15 meses fechados, isso cai muito bem – disse Keith no aeroporto londrinense de Gatwick antes do embarque. O presidente da British Airways, Sean Doyle, comemorou a liberação das viagens ao exterior e afirmou à agência britânica BBC, a partir do aeroporto londrino de Heathrow, que a pandemia "foi dura para nossos funcionários". – É fantástico ver outra vez hoje todos os nossos funcionários, que querem receber nossos clientes e estão animados em fazer parte da reconstrução da aviação – disse.

Preocupação com a variante indiana

Com mais de 127 mil mortos na pandemia, o Reino Unido foi o país mais atingindo pela covid-19 na Europa, mas viu sua situação sanitária melhorar após um estrito confinamento durante o inverno e uma ampla campanha de vacinação. O governo britânico, porém, segue preocupado com os casos provocados pela variante B1.617.2, detectada pela primeira vez na Índia. O número desses casos registrados no Reino Unido mais que dobrou em uma semana, para mais de 1,3 mil nos últimos sete dias. Uma nova onda de contágio poderá forçar o governo a adotar normas mais rígidas nos locais com alta contaminação, ou colocar em risco a retirada completa das restrições, atualmente prevista para ocorrer no dia 21 de junho. Para deter a variante, o governo reforçou a testagem nas zonas afetadas e reduziu o intervalo entre as duas doses de vacinação para pessoas com mais de 50 anos, de 12 para 8 semanas. Mais de 36 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina no Reino Unido, e cerca de 20 milhões já concluíram a imunização, ou cerca de 40% da população adulta. O governo pretende aplicar pelo menos a primeira dose da vacina em todos os adultos até o final de julho. O comitê científico que aconselha o governo britânico manteve cautela diante da flexibilização das regras iniciada nesta segunda, e alertou que existe uma "possibilidade realista" de que a variante indiana seja até 50% mais contagiosa do que a que surgiu no final de 2020 no Reino Unido, que provocou uma onda de contágios e mortes e deixou o sistema de saúde à beira da saturação.
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