Embora ainda não tenha batido martelo sobre a possível troca, tudo converge para uma filiação à legenda que, atualmente, integra a base parlamentar de apoio ao governo.
Por Redação – do Recife
Enquanto conversa com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) aproveitou para tecer elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e destacar que, diferentemente da posição de sua sigla, não se coloca como oposição à gestão do petista.

Embora ainda não tenha batido martelo sobre a possível troca, tudo converge para uma filiação à legenda que, atualmente, integra a base parlamentar de apoio ao governo. Lyra, em uma entrevista ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP), nesta quinta-feira, não deixou de criticar os companheiros tucanos.
— Discordo de posições que o partido vem tomando, como a oposição sistemática ao governo Lula. Não fomos oposição ao (ex-presidente) Jair Bolsonaro (PL), também acho que não deveríamos ser ao Lula, mas sim nos posicionarmos de maneira independente. Gastar energia com o que constrói — adiantou.
Construção
Na conversa, Lyra faz acenos a Kassab, com quem diz ter construído “relação sólida”, e a sua base de prefeitos. A governadora comemora o resultado da eleição de aliados em 126 dos 184 municípios pernambucanos, em outubro.
— Sou municipalista por convicção — acrescentou.
Lyra avalia que o PSD representa uma estrutura partidária melhor do que a do PSDB e, na leitura de aliados, na possível disputa à reeleição, estar numa sigla da base de Lula poderia tensionar a esquerda no entorno de seu provável adversário, o prefeito reeleito de Recife, João Campos (PSB). Mas prefere não adiantar detalhes.
— Todo e qualquer anúncio sobre mim mesma, eu que faço — encerrou.