Segunda, 09 de Setembro de 2019 às 10:19, por: CdB
Nadal impediu uma reação do russo Daniil Medvedev para vencer uma partida de cinco sets em Flushing Meadows.
Por Redação, com Reuters - de Nova York
Rafael Nadal só precisa de mais um título de Grand Slam para empatar com os 20 de Roger Federer, mas, mesmo depois de somar um quarto troféu do Aberto dos Estados Unidos à sua coleção no domingo, o espanhol disse ser motivado pelo amor ao tênis, não por recordes.
Nadal impediu uma reação do russo Daniil Medvedev para vencer uma partida de cinco sets em Flushing Meadows, conquistando seu 19º título de Grand Slam, que o colocou três à frente de Novak Djokovic.
– Estou jogando tênis porque amo jogar tênis – disse Nadal a repórteres. “Não posso pensar só em Grand Slams. O tênis é mais do que Grand Slams. Tenho que pensar no resto das coisas”.
– Jogo para ser feliz. É claro que a vitória de hoje me deixa super feliz – acrescentou.
Grand Slam
É impossível prever qual dos “três grandes” encerrará a carreira com mais títulos de Grand Slam. Aos 33 anos, Nadal pode ter uma vantagem sobre Federer, suíço de 38 anos que foi eliminado nas quartas de final do Aberto dos EUA e que não amplia sua coleção de Grand Slams desde que venceu o Aberto da Austrália de 2018.
Nadal será o franco favorito ao menos em Roland Garros, onde detém o impressionante recorde de 12 troféus, incluindo os três últimos.
Ele disse que, embora sinta honra de estar na disputa para ser coroado como o maior de todos os tempos, e animado se isso atrair mais torcedores para o esporte, continuará dormindo bem mesmo sem chegar a tanto.
– Você não pode passar o dia olhando ao redor para ver quem tem um a mais ou um pouco a menos, porque ficará frustrado – disse.
– Todas as coisas que conquistei na carreira são muito mais do que jamais pensei e jamais sonhei. Adoraria ser aquele que tem mais. Mas realmente acredito que não ficarei mais ou menos feliz se isso acontecer ou não – acrescentou.
– O que te traz felicidade é a satisfação pessoal de que você fez seu melhor.
Aberto dos EUA
A tenista canadense Bianca Andreescu é tão nova no palco do Grand Slam que, depois de derrotar Serena Williams e vencer o Aberto dos Estados Unidos, uma autoridade do torneio teve que mostrar a ela qual era o lado da frente do troféu.
O momento, na noite passada, marcou o final de uma arrancada notável para a jovem atleta, de 19 anos, que há um ano não se classificou para o torneio, mas se tornou a jovem estrela mais brilhante do esporte.
— O ano passado não foi um período fácil na minha vida, eu estava passando por muitas lesões. Eu continuei acreditando em mim mesma, continuei trabalhando duro e mantive esse impulso e confiança — disse Andreescu.
Ascensão
Perdendo apenas dois sets em todo o torneio, Andreescu avançou pela competição em Flushing Meadows sem dar sinais de desaceleração após um verão de sucesso que incluiu vitórias em Toronto e Indian Wells.
Terminando 2018 no número 178 do ranking, ela subiu para o 15º lugar quando chegou à principal final do ano, um crescimento meteórico que surpreendeu até o treinador. Sua ascensão na elite do esporte culminou no sábado com uma vitória por 6-3 e 7-5 sobre Serena Williams, 23 vezes campeã de torneios de Grand Slam.
E a jovem iniciante disse que não planeja desacelerar tão cedo.
— Eu amo demais esse sentimento. Estou realmente ansiosa pelo que posso fazer nos próximos anos — disse Andreescu em uma entrevista televisionada após a partida, enquanto sua leal base de torcedores canadenses comemorava atrás dela na praça do lado de fora do estádio Arthur Ashe.