Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Querosene de aviação tem preço reduzido, apesar da alta no petróleo

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Segunda, 01 de Abril de 2024 às 20:37, por: CdB

O petróleo tem operado com grande volatilidade recentemente. Nesta segunda-feira, a commodity alternava pequenas altas e baixas, por volta das 11h, cotado a US$ 86,74 o barril, queda de 0,09% em relação ao último fechamento. Em março, a Petrobras havia elevado o preço do combustível entre 8% e 8,5%.


Por Redação - de Brasília e Rio de Janeiro

A Petrobras reduziu o preço do querosene de aviação (QAV) em cerca de 1,5% a partir desta segunda-feira, embora o petróleo tenha registrado alta de preço nas últimas semanas. Os reajustes variam de acordo com o mercado atendido pela companhia, e vão de 1,4% a 1,7%, segundo tabela publicada pela estatal nesta manhã.

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A queda no preço do querosene de aviação facilita o reajuste nos preços das passagens aéreas


O petróleo tem operado com grande volatilidade recentemente. Nesta segunda-feira, a commodity alternava pequenas altas e baixas, por volta das 11h, cotado a US$ 86,74 o barril, queda de 0,09% em relação ao último fechamento. Em março, a Petrobras havia elevado o preço do combustível entre 8% e 8,5%.

O preço do QAV tem sido usado como argumento das companhias aéreas para que o governo auxilie o setor, que foi duramente prejudicado pela pandemia de covid-19. Em fevereiro, o QAV teve queda de 0,4%, segundo dados da estatal.

 

Inflação


Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ao qual a Petrobras está subordinada, o controle dos preços para evitar a alta da inflação tem sido quase uma “obsessão” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

— Preço de alimento, preço de energia, preço de combustível, para que a gente possa, respeitando o mercado, combater a desigualdade — afirmou o ministro nesta manhã. O assunto estava no centro da reunião entre ele, o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mais cedo.

Silveira destacou, ainda, a busca por fontes de financiamento para promover a expansão das energias renováveis e sugeriu que os impostos sobre o setor de petróleo poderiam ser uma dessas fontes de recursos.

— Ele (o petróleo) é uma grande fonte de financiamento de saúde e educação através do fundo social, e pode ser também, através de seus impostos, uma grande fonte de financiamento de preços módicos de energia elétrica — acrescentou.

 

São Paulo


Aos jornalistas, o ministro Alexandre Silveira também afirmou que determinou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a abertura de um processo disciplinar contra a distribuidora paulista Enel São Paulo, para analisar as transgressões reiteradas realizadas pela concessionária na prestação de serviço de fornecimento da concessionária à população. O ministro salientou que esse processo pode levar a processo de caducidade (perda) da concessão - o que poderia resultar numa nova licitação ou até na reestatização do serviço.

— A Enel demonstra de forma reiterada que está despreparada para prestar o serviço à altura do que a população brasileira exige — pontuou o ministro.

Segundo Silveira, a companhia de origem italiana terá direito ao contraditório, mas disse acreditar que a Enel “terá poucas condições de defesa desse processo, até porque foram dadas todas as oportunidades à Enel para que melhorasse a qualidade de serviço”. Ele citou que já foram aplicadas mais de R$ 300 milhões em multas à concessionária e que nenhuma delas foi paga até o momento.

— A Enel tem reiteradamente prestado serviço de qualidade muito aquém daquilo que determina inclusive a regulação — concluiu Silveira.

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