De acordo com o IBGE, a queda foi puxada pelo recuo de 40% dos investimentos de governos municipais. Os governos federal e estaduais tiveram altas de 0,9% e de 8,8%, respectivamente.
Por Redação - de Brasília e Rio de Janeiro
De 2016 a 2017, os investimentos públicos no país tiveram um recuo de 13,3%, ao passar de R$ 92,7 bilhões para R$ 80,3 bilhões. O dado é da Conta Intermediária de Governo, divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que analisa as contas dos governo federal, estaduais e municipais.
De acordo com o IBGE, a queda foi puxada pelo recuo de 40% dos investimentos de governos municipais. Os governos federal e estaduais tiveram altas de 0,9% e de 8,8%, respectivamente.
Em 2017, a necessidade de financiamento dos governos chegou a R$ 551,3 bilhões, ou seja, 8,4% do Produto Interno Bruto (PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país), superior aos 7,2% de 2016.
A necessidade de financiamento ocorre quando as despesas são maiores do que as receitas públicas. Quando as receitas são maiores que as despesas, o Estado passa a ter capacidade de investimento.
Recuo
Segundo o levantamento do IBGE, o resultado foi influenciado pelo aumento dos benefícios sociais (cerca de 13%), das remunerações (cerca de 7%) e das despesas líquidas (10,4%).
O crescimento das receitas foi inferior ao das despesas. Os impostos tiveram alta de 5,5% e as contribuições sociais de 4,7%.
Ainda segundo o IBGE, nove dos 15 locais pesquisados pelo Instituto tiveram queda na produção industrial. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada nesta manhã, no Rio de Janeiro, os recuos mais intensos ocorreram no Pará (-11,3%) e na Bahia (-10,1%). Também tiveram queda na produção Mato Grosso (-6,6%), Pernambuco (-6%), Minas Gerais (-2,2%), Ceará (-1,7%), São Paulo (-1,3%) e Amazonas (-0,5%). A Região Nordeste, única pesquisada de forma conjunta, teve redução de 7,5%. Com isso, a produção nacional fechou com redução de 1,3%, conforme divulgado na semana passada.
Resultados
Na outra ponta, seis locais tiveram alta na produção: Espírito Santo (3,6%), Rio de Janeiro (2,9%), Goiás (2,3%), Paraná (1,5%), Santa Catarina (1,2%) e Rio Grande do Sul (1%). Na comparação com março do ano passado, 12 locais apresentaram queda, com destaque para Pará (-12,5%) e Mato Grosso (-12,3%). Dos três locais com alta, o melhor resultado foi obtido pelo Rio Grande do Sul (3,4%). No acumulado do ano, dez locais tiveram queda na produção. A maior delas foi no Espírito Santo (-8,5%).
Dos cinco locais com alta, o principal crescimento deu-se no Paraná (7,8%). Já no acumulado de 12 meses, foram nove locais em queda, com destaque para Goiás (-4,1%) e seis com alta, sendo a maior no Pará (7,2%).