Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Protestos violentos de estudantes abalam Chile

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Terça, 05 de Julho de 2022 às 09:43, por: CdB

A Superintendência de Educação do Chile registrou um salto de 56% nos incidentes violentos no último semestre em comparação com 2018 e 2019, antes da pandemia, um aumento que incomodou políticos, psicólogos e professores.

Por Redação, com Reuters - de Santiago

No momento em que alunos chilenos começam as férias de inverno, eles deixam para trás um semestre marcado pela violência. Várias escolas de ensino médio ao redor de Santiago foram ocupadas por estudantes, uma foi incendiada e jovens encapuzados entraram em confronto com a polícia e queimaram ônibus.
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No momento em que alunos chilenos começam as férias de inverno, eles deixam para trás um semestre marcado pela violência
Em junho, a prestigiosa escola Internado Nacional Barros Arana (INBA), em Santiago, foi temporariamente fechada devido a violência "grave", incluindo um incêndio no escritório do diretor. Em um país que tem observado um desenvolvimento rápido mas desigual nas últimas décadas, protestos irados de estudantes contra a educação cara e de baixa qualidade nas escolas e universidades tornaram-se mais frequentes. Para os jovens, isso agora está exacerbado por problemas de comportamento relacionados à pandemia, dizem especialistas. Embora alguns sinais de efeitos negativos de longo prazo do confinamento em crianças tenham sido vistos em outros lugares, o Chile parece ser particularmente atingido.

Drástico ou dramático

– Não vimos nada em nenhum outro lugar tão drástico ou dramático como aqui – disse Francisca Morales, autoridade de educação do Unicef no Chile. O principal impacto foi em adolescentes e pré-adolescentes que retornam à escola depois de passarem pela puberdade em isolamento, disse ela. A Superintendência de Educação do Chile registrou um salto de 56% nos incidentes violentos no último semestre em comparação com 2018 e 2019, antes da pandemia, um aumento que incomodou políticos, psicólogos e professores. – Depois desses dois anos, eles se irritam mais com a autoridade e a disciplina. Há uma rejeição das figuras de autoridade – disse Esteban Abarca, professor do ensino médio da escola INBA em Santiago.
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