Os organizadores do protesto pediram interrupções crescentes em todo o país no que eles apelidaram de "Um Dia de Resistência" contra as reformas que eles temem que subordinariam a Suprema Corte de Israel ao executivo e fomentariam a corrupção.
Por Redação, com Reuters - de Jerusalém
Israelenses que protestam contra reformas do judiciário buscadas pelo governo de extrema-direita foram ao principal aeroporto do país nesta quinta-feira em uma tentativa de atrapalhar uma viagem ao exterior do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, bem como uma visita do secretário de Defesa dos Estados Unidos.
Desafiando um forte esquema policial, comboios de carros com bandeiras nacionais azuis e brancas lotaram a rodovia Tel Aviv-Jerusalém e seguiram em direção ao terminal principal do Aeroporto Ben Gurion.
Um segundo terminal não foi afetado, disse uma testemunha da agência inglesa de notícias Reuters.
Alguns meios de comunicação locais informaram que Netanyahu e sua comitiva contornaram os engarrafamentos chegando ao aeroporto no início da manhã. Outros especularam que ele poderia chegar a Ben Gurion, geralmente a 30 minutos de carro de Jerusalém, de helicóptero militar.
Paradeiro do primeiro-ministro
Os porta-vozes de Netanyahu não divulgaram o paradeiro do primeiro-ministro, que partiria para uma visita de dois dias a Roma à tarde, após uma recepção organizada às pressas para o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, que pousou no aeroporto ao meio-dia.
Imagens nas redes sociais mostraram assessores de Netanyahu fazendo compras no Duty Free. Do lado de fora, alguns viajantes abandonaram os veículos bloqueados e caminharam ao longo do acostamento da rodovia até Ben Gurion.
Os organizadores do protesto pediram interrupções crescentes em todo o país no que eles apelidaram de "Um Dia de Resistência" contra as reformas que eles temem que subordinariam a Suprema Corte de Israel ao executivo e fomentariam a corrupção.
Netanyahu, que está sendo julgado por acusações de corrupção que ele nega, argumenta que restringir o Judiciário restauraria o equilíbrio entre os ramos do governo.