Rio de Janeiro, 21 de Maio de 2025

Projeto de Lei agrava atuação da milícia e amplia penas aos criminosos

Conheça o novo Projeto de Lei que visa combater as milícias privadas, criando tipos penais específicos e aumentando as penas para os crimes relacionados a essas organizações criminosas.

Sexta, 09 de Maio de 2025 às 20:29, por: CdB

Atualmente, o Código Penal já define o crime de milícia privada, com pena de reclusão de 4 a 8 anos. Porém, para Mendes, a atual previsão é insuficiente, pois limita a atuação das milícias apenas aos crimes previstos no próprio Código Penal.

Por Redação – de Brasília

A Câmara passou a analisar, nesta sexta-feira, o Projeto de Lei (PL) que cria um marco legal para o combate à milícia privada, associações de pessoas – agentes públicos ou não, civis ou militares –, com o fim controlar um território ou explorar atividade econômica lícita ou ilícita, com o emprego sistemático de violência e ameaça. De autoria do deputado Aluisio Mendes (Republicanos-MA), o texto passa a tramitar pelas comissões da Casa.

Projeto de Lei agrava atuação da milícia e amplia penas aos criminosos | Homens da Polícia Militar realizam patrulhamento em ruas do Rio de Janeiro
Homens da Polícia Militar realizam patrulhamento em ruas do Rio de Janeiro

Atualmente, o Código Penal já define o crime de milícia privada, com pena de reclusão de 4 a 8 anos. Porém, para Mendes, a atual previsão é insuficiente, pois limita a atuação das milícias apenas aos crimes previstos no próprio Código Penal, deixando de fora uma série de infrações previstas em legislações penais dispersas.

Segundo ele, o código atual não aborda os elementos centrais que caracterizam as milícias: controle ilegal de territórios e a exploração econômica desses espaços, frequentemente acompanhados de violência e intimidação.

 

Tipos específicos

O projeto propõe a exclusão desse trecho do Código Penal e cria tipos penais específicos para condutas praticadas por milícias, como a exploração de serviços sem autorização, a cobrança de taxas ilegais, o despejo forçado e o uso de violência para controle territorial.

— Esses novos tipos penais são fundamentais para cobrir lacunas legais e garantir que todas as formas de atuação das milícias sejam passíveis de punição — disse o deputado.

Segundo Aluisio Mendes, essas organizações, que surgiram na comunidade de Rio das Pedras, nos anos 80, foram fundadas por ex-integrantes dos grupos de extermínio.

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