Peterson Machado, investigado pro racismo e xenofobia, participava de grupos extremistas nas redes sociais e foi preso pela Polícia Civil. Os materiais apreendidos serão encaminhados para a perícia. A decisão ainda afastou o professor do cargo. Ele também foi proibido de dar aulas e de usar as redes sociais.
Por Redação, com CartaCapital - de Brasília
Alvo de uma operação da Polícia Civil, na quinta-feira, um professor da rede estadual de ensino do Paraná, suspeito de apologia ao nazismo, foi descoberto pela Agência Brasileira de Inteligência durante monitoramento de grupos extremistas atuantes no País.
Peterson Machado é professor de história em dois colégios de Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.
Segundo a agência, o professor publicava em suas redes sociais mensagens que faziam “apologia ao nazismo, difundiam o antissemitismo e estimulavam o negacionismo do holocausto”.
Após ser considerado como um “risco potencial”, o professor virou alvo de uma investigação da Polícia Civil do Paraná.
Indícios encontrados na Internet deram, então, embasamento para a Justiça autorizar busca e apreensão em endereços relacionados ao docente e em colégios que ele trabalha.
Materiais apreendidos
Os materiais apreendidos serão encaminhados para a perícia. A decisão ainda afastou o professor do cargo. Ele também foi proibido de dar aulas e de usar as redes sociais.
Segundo o delegado Vyctor Grotti, responsável pelo caso, o professor é investigado por incitar a discriminação e preconceito de raça, cor e procedência nacional e por veicular símbolos com apologia ao nazismo.
“Apuramos que o indivíduo, através de suas redes sociais, estaria fazendo apologia ao nazismo, veiculando símbolos e emblemas que utilizam a cruz suástica, além de incitar a discriminação e preconceito de raça, cor e procedência nacional”, diz a Polícia Civil do Paraná em nota sobre a prisão.
As ações do professor só foram identificadas após a Abin intensificar esforços contra grupos extremistas atuantes no Brasil, cuja ideologia estimula o recurso à violência contra grupos étnicos específicos, mulheres e minorias.
A agência trabalha agora para “mapear estruturas extremistas, verificar vínculos com grupos estrangeiros similares, apurar os efeitos negativos do crescimento dessas ideologias para a Democracia e colaborar com as autoridades de segurança para neutralizá-las”.