De outro lado, o “mix” de cana para a produção de etanol caiu para 46,32%, versus 50,11% no mesmo período do ano passado.
Por Redação – de São Paulo
A produção de açúcar do centro-sul do Brasil somou 3,4 milhões de toneladas na primeira quinzena de julho, alta de cerca de 15% na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou nesta quinta-feira a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). O total ficou acima da projeção de uma pesquisa da S&P Global Commodity Insights, que havia apontado um volume de 3,3 milhões de toneladas.

A fabricação do adoçante foi impulsionada por um aumento proporcional na moagem de cana-de-açúcar, que atingiu 49,8 milhões de toneladas no período. Além disso, o setor destinou mais matéria-prima para a produção do adoçante, com uma fatia de 53,68%, versus 49,89% no mesmo período do ano passado.
De outro lado, o “mix” de cana para a produção de etanol caiu para 46,32%, versus 50,11% no mesmo período do ano passado.
Biocombustível
A produção total de etanol só não recuou porque o setor tem impulsionado os volumes com a fabricação do biocombustível a partir do milho. Na primeira quinzena, as usinas produziram 2,19 bilhões de litros, alta de 2,36%.
No lado negativo, a Unica registrou uma queda de 6,8% na qualidade da cana colhida, com o Açúcar Total Recuperável (ATR) somando 133,66 kg por tonelada de cana, após chuvas mais frequentes nesta safra.
— O clima mais chuvoso e as condições adversas para o desenvolvimento da lavoura observadas desde o início do ciclo também estão impactando negativamente a concentração de açúcares na planta — disse o diretor de inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues.
Ele observou que, no acumulado da safra atual, a concentração de ATR na cana-de-açúcar já apresenta queda de 4,81%.