Rio de Janeiro, 28 de Dezembro de 2024

Príncipe saudita promete entregar assassinos de Khashoggi à Justiça

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Quinta, 25 de Outubro de 2018 às 07:51, por: CdB

O príncipe Mohammed disse que a Arábia Saudita e a Turquia trabalharão juntas “para obter resultados” em uma investigação conjunta e descreveu a cooperação bilateral como “especial”, apesar das críticas de Ancara.

Por Redação, com Reuters - de Riad 

O poderoso príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, prometeu nesta quarta-feira que os assassinos de Jamal Khashoggi serão levados à Justiça, seus primeiros comentários desde o assassinato do jornalista, que causou repúdio em todo o mundo.
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Príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman discursa durante fórum de investimentos em Riad
Em tom desafiador, o príncipe Mohammed disse a investidores internacionais presentes a uma grande conferência em Riad que a indignação provocada pelo assassinato de Khashoggi no consulado saudita de Istambul não afetará o ímpeto das reformas do reino. Seus comentários vieram horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dito, segundo o Wall Street Journal, que, como governante de fato da Arábia Saudita, o príncipe herdeiro tem que responder pela operação que levou à morte de Khashoggi. – Provaremos ao mundo que os dois governos (saudita e turco) estão cooperando para punir qualquer criminoso, qualquer culpado, e no final a justiça prevalecerá – disse ele, e foi aplaudido. O maior exportador de petróleo do mundo está sofrendo uma pressão crescente por causa da morte de Khashoggi, colunista e um dos críticos mais contundentes do príncipe herdeiro. A crise tensionou os laços de Riad com o Ocidente e levou dezenas de políticos, grandes banqueiros e executivos ocidentais a boicotarem a conferência inaugurada em Riad na terça-feira.

Arábia Saudita

Primeiramente a Arábia Saudita negou qualquer envolvimento no desaparecimento de Khashoggi depois que ele entrou no consulado, mas uma autoridade saudita acabou atribuindo sua morte em 2 de outubro a uma tentativa fracassada de fazê-lo voltar ao reino. A Turquia rejeitou os esforços sauditas para culpar agentes clandestinos e exortou o reino a procurar os responsáveis “em todos os cantos”. O príncipe Mohammed disse que a Arábia Saudita e a Turquia trabalharão juntas “para obter resultados” em uma investigação conjunta e descreveu a cooperação bilateral como “especial”, apesar das críticas de Ancara. – O incidente que aconteceu é muito doloroso, para todos os sauditas... o incidente não é justificável – afirmou o príncipe herdeiro em uma comissão de debate na conferência. O presidente turco, Tayyip Erdogan, conversou com o príncipe Mohammed nesta quarta-feira, e os dois trataram das medidas necessárias para esclarecer todos os aspectos da morte de Khashoggi, disse uma fonte presidencial – mas um assessor de Erdogan escreveu em um jornal de seu país que o príncipe tem “sangue nas mãos”.
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