Segundo Tel Aviv, o grupo israelense foi escoltado pela Cruz Vermelha para Khan Younis, no sul de Gaza, até a passagem de Rafah para voltar a Israel. A libertação também foi confirmada pelo canal Al-Aqsa, ligado ao Hamas.
Por Redação, com CartaCapital - de Gaza
O Hamas libertou nesta sexta-feira 13 reféns israelenses mantidos em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro. A iniciativa é parte do acordo de trégua firmado na terça com Israel. A Tailândia também informou que 12 reféns tailandeses teriam sido soltos pela organização palestina.
Segundo Tel Aviv, o grupo israelense foi escoltado pela Cruz Vermelha para Khan Younis, no sul de Gaza, até a passagem de Rafah para voltar a Israel. A libertação também foi confirmada pelo canal Al-Aqsa, ligado ao Hamas. As informações são do jornal Times of Israel.
Intermediado pelo Qatar, EUA e Egito, o cessar-fogo de quatro dias estabelece a libertação de pelo menos 50 dos mais de 240 reféns mantidos pelo Hamas. Em contrapartida, Israel libertará ao menos 150 prisioneiros palestinos. Segundo a Al Jazeeza (canal estatal da monarquia do Qatar), a expectativa era de que 39 fossem soltos nesta sexta-feira.
O envio de 300 caminhões com ajuda humanitária e 4 de combustível por dia para Gaza também está no acordo.
Um vídeo mostrando a movimentação de caminhões em Rafah foi compartilhado nas redes sociais:
Tailândia
O primeiro-ministro da Tailândia, Srettha Thavisin, disse na manhã desta sexta-feira que o Ministério das Relações Exteriores do país recebeu informações sobre a libertação de 12 reféns tailandeses que estavam na Faixa de Gaza. A informação não foi confirmada por autoridades de Israel ou do Hamas. O anúncio foi feito em seu perfil no X (ex-Twitter).
Conforme a Al Jazeera, mais da metade dos 240 reféns mantidos reféns pelo Hamas são estrangeiros ou tem dupla nacionalidade ligada a cerca de 40 países. O Brasil não é um deles.
A lista inclui nações como:
Alemanha; Argentina; Chile; Espanha; Estados Unidos; França; Reino Unido; Portugal; e Tailândia.
Na primeira fase do acordo, o Hamas deve libertar cerca de 50 mulheres e crianças israelenses com menos de 19 anos detidas em Gaza, enquanto Israel deverá soltar aproximadamente 150 prisioneiros palestinos –a maioria mulheres e menores.
Hamas
Em comunicado publicado pelo Hamas na quarta no Telegram, o grupo detalha outros termos do acordo. São eles:
Proibição do tráfego aéreo no sul de Gaza por quatro dias;
Proibição do tráfego aéreo no norte de Gaza por 6 horas em cada dia de trégua;
Livre circulação de pessoas, especialmente na rua Salah Al-Din, para facilitar o deslocamento do norte para o sul de Gaza.
O acordo também estabelece que Israel permitirá a entrada em Gaza, pela fronteira com o Egito, de aproximadamente 300 caminhões de ajuda humanitária e 4 de combustível por dia.
Na segunda fase da trégua, o Hamas poderá libertar mais reféns em troca de Israel estender o cessar-fogo.
Estima-se que cerca de 240 pessoas sejam mantidas reféns desde o início da guerra, em 7 de outubro, sendo a maioria israelense.