Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Prévia da inflação mostra alta menor do que previsto por analistas

A prévia da inflação de setembro mostra alta de 0,48%, abaixo das expectativas do mercado. Entenda os fatores que influenciam os preços e o impacto na economia.

Quinta, 25 de Setembro de 2025 às 20:29, por: CdB

Já em setembro de 2024 o indicador marcou 0,13%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula 5,32%. Os números foram divulgado nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro

A prévia da inflação oficial de setembro ficou em 0,48%, impactada principalmente pelo preço da energia elétrica. Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em -0,14%. A variação, contudo, ficou abaixo da mediana das projeções do mercado financeiro, que era de 0,51%, segundo a agência norte-americana de notícias Bloomberg.

Prévia da inflação mostra alta menor do que previsto por analistas | O preço da cesta básica com alimentos saudáveis tem aumentado, ano após ano
O preço da cesta básica com alimentos saudáveis tem aumentado, ano após ano

Já em setembro de 2024 o indicador marcou 0,13%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula 5,32%. Os números foram divulgado nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelos dados prévios, a inflação anual se mantém acima da meta do governo de 3% ao ano com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para mais ou para menos, ou seja, indo no máximo a 4,5%.

A alta da conta de luz é explicada pela “devolução” do Bônus Itaipu, desconto na conta de agosto que beneficiou 80,8 milhões de consumidores. Em setembro, sem o bônus, a fatura fica mais alta na comparação com o mês anterior.

 

Influências

Dos cinco grupos de preços apurados pelo IBGE, cinco apresentaram alta na passagem de agosto para setembro: Habitação: 3,31; Vestuário: 0,97; Saúde e cuidados pessoais: 0,36; Despesas pessoais: 0,20; Educação: 0,03; Comunicação: -0,08; Artigos de residência: -0,16; Transportes: -0,25 e Alimentação e bebidas: -0,35.

A alta do grupo habitação respondeu por 0,5 p.p. do IPCA-15 de setembro. A energia elétrica residencial, que faz parte do grupamento, foi o maior impacto individual dos 377 produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, subindo 12,17%, após a queda de 4,93% em agosto. O impacto só desse subitem ficou em 0,47 p.p.

Além do fim do bônus, a conta de luz sofre influência da vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adicionou R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos.

 

Alimentos

A cobrança extra é determinada pela Aneel para custear usinas termelétricas em tempos de baixa nos reservatórios das hidrelétricas. O adicional é necessário, pois a energia gerada pelas termelétricas é mais cara que a hidrelétrica.

A prévia da inflação mostra, ainda, que os preços dos alimentos caíram pelo quarto mês seguido. Em setembro, o recuo foi 0,35% e impacto de -0,08 p.p. Em agosto, a queda foi 0,53%.

A alimentação no domicílio (-0,63%) foi influenciada pelas quedas do tomate (-17,49%), cebola (-8,65%), arroz (-2,91%) e café moído (-1,81%). No sentido inverso, as frutas subiram 1,03%, em média. Em relação à alimentação fora do domicílio, o IPCA-15 mostra alta de 0,36%, abaixo do 0,71% de agosto, representando desaceleração.

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