A defesa do empresário pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), segundo confirmou a reportagem do Correio do Brasil, nesta manhã, para que barrasse a possibilidade de uso da força policial pela CPI, mas o ministro Luís Roberto Barroso não atendeu à solicitação. A corte concedeu à Wizard o direito de ficar em silêncio e não produzir provas contra si durante o depoimento à CPI da Covid.
Por Redaça2o - de Brasília
Procurado até pela Polícia Internacional (Interpol) desde a semana passada, o empresário Carlos Wizard não suportou a pressão e entrou em contato com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nesta segunda-feira, para pedir que uma nova oportunidade lhe fosse concedida para o depoimento. O pedido acontece após a comissão requerer a condução coercitiva para ele prestar depoimento no plenário do Senado Federal.
A defesa do empresário pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), segundo confirmou a reportagem do Correio do Brasil, nesta manhã, para que barrasse a possibilidade de uso da força policial pela CPI, mas o ministro Luís Roberto Barroso não atendeu à solicitação. A corte concedeu à Wizard o direito de ficar em silêncio e não produzir provas contra si, mas não o isentou de comparecer, como o fez com o governador do Amazonas Wilson Lima.
"Para dar cumprimento à decisão proferida pelo STF no HC 203387, de relatoria do Exmo. Ministro Barroso, solicitamos audiência, se possível ainda hoje, com o sr. Presidente dessa CPI/Pandemia para tratar da designação da data em que ocorrerá o depoimento do Se. Carlos Wizard Martins ou dela ser informado se já houver sido designada. Estamos à disposição para estarmos presentes ainda hoje", escreveu o representante legal de Wizard, Guilherme Gordo, em nota distribuída aos jornais.
Depoimento
Inicialmente, o empresário deveria ter comparecido à CPI na última quinta-feira, mas faltou à sessão. Na justificativa, o advogado dele afirmou que ele estaria nos Estados Unidos, com problemas de saúde na família.
Segundo Aziz, os representantes legais de Wizard procuraram a secretaria da comissão às 7 horas da quinta-feira para pedir uma audiência em que poderiam "tratar de redesignação da data mais adequada dentro do cronograma dessa Comissão Parlamentar de Inquérito".
— É uma brincadeira dele, né? Uma data combinada para ele vir. Carlos Wizard foi devidamente intimado para depor por diversos meios, postal, mensagem, celular e em conta de e-mail, e, conforme anunciado na reunião de terça-feira essa comissão adotará em relação ao depoimento de Carlos Wizard — conclui Aziz.