Foi o quinto mês seguido de queda em termos reais. Em termos nominais, ICVA de outubro subiu 3,8%, com crescimento de 6,8% no comércio eletrônico e de 2,8% nas vendas físicas.
Por Redação – de São Paulo
O faturamento do varejo brasileiro encolheu 1,1% em outubro ante o mesmo período do ano passado, descontada a inflação, de acordo com o Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA), calculado pela empresa de pagamentos controlada por Banco do Brasil e Bradesco. Analistas econômicos atribuem a queda à pressão dos juros situados entre os dois mais altos do planeta.

Foi o quinto mês seguido de queda em termos reais. Em termos nominais, ICVA de outubro subiu 3,8%, com crescimento de 6,8% no comércio eletrônico e de 2,8% nas vendas físicas, mostraram os números divulgados pela Cielo nesta segunda-feira.
Entre os macrossetores analisados pelo indicador, os de serviços e bens duráveis registraram quedas de 3,2% cada, enquanto o de bens não duráveis apurou aumento de 0,4%.
Metanol
No caso do setor de serviços, a Cielo afirmou que a queda mais significativa ocorreu em Bares e Restaurantes, segmento afetado principalmente pelas notícias de contaminação de bebidas por metanol, a partir do final de setembro, principalmente no estado de São Paulo.
Entre as regiões, segundo dados deflacionados, o Centro-Oeste registrou retração de 2,5% no faturamento do varejo no mês passado, seguido por Norte, com queda de 2,1%; Sudeste, com declínio de 1,5%; Nordeste, com baixa de 0,8%; e Sul, com recuo de 0,7% no período.
— Outubro mostra um cenário de atenção, mas também de oportunidade. Segmentos de Serviços tiveram um desafio extra devido a fatores mais pontuais, como a crise do metanol — resumiu o vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo, Carlos Alves, no relatório divulgado.