Lula voltará a se reunir, na próxima sexta-feira, com o ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha. A agenda formal do encontro é uma discussão sobre políticas para modernizar as Forças Armadas, mas os ataques terroristas certamente estarão no centro da conversa.
Por Redação - de Brasília
O Palácio do Planalto exonerou uma segunda uma nova leva de 13 militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), nesta quarta-feira, por suspeita de participação nos atos antidemocráticos perpetrados contra as sedes dos Três Poderes. Na véspera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia dispensado 40 militares, na esteira dos atos criminosos de bolsonaristas, no 8 de janeiro.
Quatro dias após os ataques, Lula disse estar "convencido" que as forças de segurança deixaram os golpistas invadir os prédios públicos.
— Teve muito agente conivente. Teve muita gente da PM conivente. Muita gente das Forças Armadas conivente. Eu estou convencido que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para essa gente entrar, porque não tem porta quebrada, ou seja, alguém facilitou a entrada deles aqui — disse o presidente.
Discussão
Diante do ataque iminente, o GSI dispensou um pelotão de 36 militares do Batalhão da Guarda Presidencial cerca de 20 horas antes da invasão de bolsonaristas aos prédios dos Três Poderes.
Em uma nova tentativa de distensionar o ambiente, Lula voltará a se reunir, na próxima sexta-feira, com o ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha. A agenda formal do encontro é uma discussão sobre políticas para modernizar as Forças Armadas, mas os ataques terroristas certamente estarão no centro da conversa.
O encontro ocorre no momento em que o atual comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, responde a uma denúncia do Ministério Público Federal por suposta prática de crime de prevaricação.