O nome de Prates precisará, ainda, passar pelo comitê de elegibilidade, responsável por verificar se o currículo do senador preenche os requisitos necessários e se não há conflito de interesses na assunção do parlamentar à presidência da companhia. Após esta etapa, será convocada uma reunião de conselheiros para nomear Prates presidente interino.
Por Redação - do Rio de Janeiro
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) deve assumir a presidência da Petrobras nas próximas duas ou três semanas, segundo informação da companhia vazada para a mídia conservadora, nesta sexta-feira. Os representantes dos minoritários da Petrobras entendem que não há como brigar com o controlador quando ele quer nomear um presidente. “Avaliam que é inútil e pior para empresa”, escreveu o colunista do diário conservador carioca ‘O Globo’ Lauro Jardim, nesta manhã.
O nome de Prates precisará, ainda, passar pelo comitê de elegibilidade, responsável por verificar se o currículo do senador preenche os requisitos necessários e se não há conflito de interesses na assunção do parlamentar à presidência da companhia. Após esta etapa, será convocada uma reunião de conselheiros para nomear Prates presidente interino. A efetivação do petista como presidente só acontece após a aprovação pelos acionistas em uma assembleia geral, que deve acontecer em abril.
A informação foi confirmada pela reportagem do Correio do Brasil, no início da tarde, após a estatal do petróleo confirmar o recebimento de ofício encaminhado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. No documento, Silveira confirma a indicação de Prates para exercer os cargos de presidente e de membro do Conselho de Administração da empresa.
Especialista
“O nome do indicado foi aprovado pela Casa Civil da Presidência da República, conforme dispõe o art. 22, inciso II, do Decreto nº 8.945, 27 de dezembro de 2016”, afirmou o MME, na nota a que o CdB teve acesso.
Prates é advogado e economista, com mestrado em Planejamento Energético e Gestão Ambiental pela Universidade da Pensilvânia (EUA) e em Petróleo e Gás e em Economia de Petróleo e Motores, pelo Instituto Francês do Petróleo. O parlamentar atua no setor desde os anos 80 e é coautor do atual quadro regulatório e de royalties para o setor brasileiro de energia.