Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Por decisão do presidente, controle do Orçamento impõe novos ajustes

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Quinta, 01 de Agosto de 2024 às 20:04, por: CdB

O mecanismo, chamado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento de ‘faseamento’, foi incluído no decreto de programação orçamentária publicado na última terça-feira. A regra impõe limites para o empenho de despesas, dividindo-os em três períodos: até setembro, liberação de até 35% do saldo remanescente; até novembro mais 35% disponíveis; e em dezembro liberação dos 30% restantes.

Por Redação – de Brasília

Uma decisão aprovada nesta quinta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estabelece mais um mecanismo de controle preventivo das despesas públicas. Com a decisão, subiu para R$ 46,6 bilhões o esforço fiscal total que os ministérios precisarão cumprir entre agosto e setembro deste ano. A medida procura evitar o descumprimento das regras fiscais estabelecidas para este ano.

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Fernando Haddad busca por equilíbrio no Orçamento da União

Do total, R$ 15 bilhões correspondem ao congelamento já anunciado para compensar o aumento de despesas obrigatórias e a frustração de receitas. Adicionalmente, outros R$ 31,6 bilhões foram travados de forma preventiva pelo governo, com liberação prevista apenas a partir de outubro.

O mecanismo, chamado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento de ‘faseamento’, foi incluído no decreto de programação orçamentária publicado na última terça-feira. A regra impõe limites para o empenho de despesas, dividindo-os em três períodos: até setembro, liberação de até 35% do saldo remanescente; até novembro mais 35% disponíveis; e em dezembro liberação dos 30% restantes.

 

Déficit zero

A medida permitirá que os ministérios gastem R$ 17 bilhões em ações de custeio e investimentos entre agosto e setembro. Os R$ 31,6 bilhões restantes permanecerão bloqueados até outubro.

Secretário-executivo do Ministério do Planejamento, o economista Gustavo Guimarães afirmou que “esse mecanismo é de prudência no sentido de cumprir a meta”. A medida visa também proteger o governo contra possíveis riscos fiscais, como uma grande frustração de receitas ou um aumento inesperado de gastos obrigatórios no final do ano.

O objetivo da equipe econômica é o déficit zero, embora o arcabouço fiscal permita um resultado negativo de até R$ 28,8 bilhões este ano. A projeção mais recente da equipe econômica, divulgada em 22 de julho, situa o déficit exatamente neste limite.

 

Reclamações

A aplicação do controle preventivo, porém, gerou reclamações na Esplanada dos Ministérios. Na prática, os órgãos estão impedidos de utilizar dois terços de seus limites remanescentes.

O decreto, porém, permite ao Ministério do Planejamento flexibilizar essa trava mediante justificativa, exigindo que os gestores comprovem a necessidade de antecipar um volume maior de empenho de despesas.

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