Rio de Janeiro, 27 de Dezembro de 2024

Da ‘Ponte para o Futuro’ pós-golpe resta apenas o abismo, constata Lula

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Terça, 14 de Junho de 2022 às 12:10, por: CdB

O líder petista havia interrompido as atividades presenciais da sua pré-campanha à Presidência desde o último dia 5, quando informou que ele e a sua mulher, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, estavam com covid-19. Depois de Uberlândia, o petista seguirá para Estados no Nordeste nesta semana.

Por Redação - de São Paulo
Em um balanço da situação de grave crise econômica porque passa o Brasil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o país está "pior" do que em 2003, ano em que assumiu a Presidência da República pela primeira vez. Líder absoluto nas pesquisas de opinião entre os eleitores, Lula lembrou que quando deixou o Palácio do Planalto, o Brasil era a sexta economia do mundo e poderia ser a quinta, não fosse o golpe de Estado contra a presidenta deposta Dilma Rousseff (PT) e a tal "Ponte para o Futuro”, o plano econômico do presidente de facto Michel Temer (MDB), apenas serviu para destruir direitos sociais e trabalhistas.
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O ex-presidente Lula lidera todas as pesquisas de intenção de voto para as eleições do ano que vem
— Quando eu deixei a Presidência, o Brasil já estava na sexta economia do mundo e eu imaginei que o Brasil poderia chegar à quinta economia do mundo. Aí deram um golpe na Dilma, prometendo fazer uma 'ponte para o futuro', e dessa ponte que foi feita só ficou o abismo. A ponte não existe. Jogaram o Brasil num buraco — constatou. O petista disse que, se eleito, reconstruirá tudo o que foi destruído desde a derrubada de Dilma. — Estou concorrendo às eleições 12 anos depois que deixei a Presidência e estou encontrando o Brasil pior que quando peguei em 2003. A inflação está um pouco maior, a taxa de juros está maior. Você tem um empobrecimento da sociedade que a gente não tinha. Vou pegar o Brasil pior do que eu peguei em 2003. Significa que o problema do emprego é prioridade, o problema da saúde é prioridade, o salário é prioridade, a questão da inflação é prioridade, o custo de vida é prioridade porque o povo não está mais conseguindo comprar o que comer — observou.

Pé na estrada

Lula, que testou negativo para a covid-19 confirmou que irá a Uberlândia (MG) nesta quarta-feira. — Estava com dúvida se poderia ir a Uberlândia por causa da Covid-19. Hoje fui comunicado pelo médico que fiz exame e fui negativado. Amanhã estarei em Minas 100% livre da Covid. Mas ainda se tiver aglomeração eu vou utilizar máscara para evitar abuso com uma doença que a gente ainda não conseguiu debelar — afirmou. Em Uberlândia, o ex-presidente participará de ato ao lado de seu vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), e do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), pré-candidato ao Governo de Minas Gerais que conta com o apoio do petista. O líder petista havia interrompido as atividades presenciais da sua pré-campanha à Presidência desde o último dia 5, quando informou que ele e a sua mulher, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, estavam com covid-19. Depois de Uberlândia, o petista seguirá para Estados no Nordeste nesta semana. Ele irá cumprir agendas em Natal (Rio Grande do Norte), Maceió (Alagoas) e Aracaju (Sergipe).

Tempos atuais

Ainda nesta manhã, Lula afirmou que, caso eleito, irá recriar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social para incluir todos os segmentos da sociedade no debate, fazendo com que "todos assumam responsabilidades com o Brasil". Ele disse ainda que irá fazer uma revisão da reforma trabalhista e da reforma da previdência, "na perspectiva de adequar os tempos atuais sem que os trabalhadores voltem a ser escravos". O petista também criticou o aumento do preço dos combustíveis e disse que o governo federal é responsável por isso. — O seu Bolsonaro fica jogando a culpa em governador, quando ele deveria saber que a culpa é da covardia dele de não ter coragem de assumir o papel do presidente — concluiu.
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