Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Policiais Civis fazem greve no Paraná contra propostas do governador

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Sexta, 30 de Junho de 2023 às 12:10, por: CdB

O principal alvo dos protestos é o governador Ratinho Jr. De acordo com a categoria, a proposta de reestruturação da carreira não é consensual entre governo e policiais, que criticam também a ausência de reajustes no período e a proposta de inclusão de 160 horas obrigatórias de sobreaviso.


Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília


Na manhã desta sexta-feira, no bairro curitibano de Água Verde, uma situação inusitada foi vista: a caminhada de cerca de 300 policiais civis, de várias cidades do Estado, em paralisação de dois dias.




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O segmento envolve a profissão de investigador, escrivão e papiloscopista, e o sindicato da categoria (Sinclapol) calcula que cem postos de trabalho foram paralisados no Paraná

O principal alvo dos protestos é o governador Ratinho Jr. De acordo com a categoria, a proposta de reestruturação da carreira não é consensual entre governo e policiais, que criticam também a ausência de reajustes no período e a proposta de inclusão de 160 horas obrigatórias de sobreaviso.



Postos de trabalho


O segmento envolve a profissão de investigador, escrivão e papiloscopista, e o sindicato da categoria, Sindicato dos Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), calcula que 100 postos de trabalho foram paralisados no Paraná.


Os policiais civis comparam também a ausência de aumento em contraposição ao ganho de outros segmentos.


– Os delegados tiveram aumento significativo, alguns até 70% de aumento, já a base da categoria está com a nossa data-base defasada em 41%. Estamos nessa tabela, os enquadramentos são confusos, sem nenhum auxílio nosso na construção da proposta do governo – questiona Jamyle Souza, vice-diretora da associação dos papiloscopistas, uma das entidades presentes na mobilização, ao lado do Sinclapol.

A reportagem do Brasil de Fato enviou perguntas para a assessoria de imprensa do governo do Paraná. Publicaremos em nossas páginas assim que tivermos respostas.



Enfermagem em Curitiba define continuidade da paralisação


Profissionais da enfermagem, depois de ampla exposição, riscos e sacrifícios no período da pandemia, e após luta prolongada pela aprovação do piso da enfermagem, definiram a quinta-feira como dia de paralisação nacional em defesa do piso salarial da categoria.

Em Curitiba, na parte da manhã até o começo da tarde, a maior parte da categoria em estado de mobilização, cerca de 400 pessoas, concentrou-se na praça Rui Barbosa, centro, diante da Santa Casa de Curitiba.

A paralisação envolveu a base de diferentes sindicatos, caso do Sismuc, Sindisaúde e, sobretudo, do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc).

Paralisação continua 


Novas mobilizações devem ser vistas na cidade, nesta seta-feira, sobretudo no centro e diante de hospitais e outros locais de trabalho. Em assembleia na parte da tarde, o Sindesc definiu a continuidade da paralisação.

Desde o início do movimento, porém, a Justiça do Trabalho limitou a participação da categoria. “O Judiciário tem interferido para que as mobilizações não aconteçam de forma contínua, prejudicando o direito de greve dos trabalhadores”, critica Juliana Mildemberg, da coordenação do Sismuc.

Isso porque o Sindesc recebeu intimação da Justiça do Trabalho, na figura do desembargador vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª região, Arion Mazurkevic, determinando que 95% do efetivo da categoria se mantivesse atuando, em afronta ao direito de greve, expresso na Constituição de 1988.

A intimação ameaça com multa de R$ 100 mil caso o sindicato não garanta os chamados “serviços essenciais".

Linha de luta


Apenas no Paraná, são cerca de 130 mil profissionais de enfermagem. Para os diferentes sindicatos do ramo, na esfera pública e privada, é preciso que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se posicionem sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7222 na mesma linha do voto do ministro Fachin, que optou pela legalidade e cumprimento integral da lei do piso  (Lei 14.434/2022), fixando diretrizes para a sua implementação.

A pressão de entidades patronais e grupos internacionais do ramo da saúde é grande. Portanto, a enfermagem está em mobilização pela aplicação do piso salarial nos estados e nos municípios.

Para a coordenadora do Sismuc, Patricia Lima, a implementação do piso é uma luta justa, apesar de todos os ataques da Justiça do Trabalho, STF e patrões do ramo da Saúde “Os serviços particulares são sempre difíceis de mobilizar, por conta do medo de criminalização.

Para os servidores públicos, por sua vez, vamos pensar na forma de seguir o nosso apoio. Se o STF tivesse votado como quer a lei (14.434), estaria ótimo, mas a tentativa de atrelamento a uma carga horária prejudica a enfermagem, então devemos seguir lutando pela implementação do piso em cidades e no estado”, afirma Patricia.

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