Rio de Janeiro, 14 de Junho de 2025

Polícia do Rio investiga irregularidades no uso do Bilhete Único

A Polícia Civil do Rio investiga um esquema de fraude no Bilhete Único, envolvendo empresas de vans que desviam R$ 900 milhões anualmente. Descubra os detalhes.

Terça, 27 de Maio de 2025 às 11:01, por: CdB

As investigações apontam que empresas permissionárias de vans são suspeitas de desviar dinheiro público, simulando viagens de transporte público que nunca ocorreram.

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro

Um grupo criminoso que fraudava o Bilhete Único Intermunicipal, no Estado do Rio de Janeiro é alvo de uma operação deflagrada, nesta terça-feira, pela Polícia Civil fluminense. Estima-se que o esquema tenha movimentado anualmente R$ 900 milhões.

Polícia do Rio investiga irregularidades no uso do Bilhete Único | Esquema criminoso pode ter movimentado R$ 900 milhões anualmente
Esquema criminoso pode ter movimentado R$ 900 milhões anualmente

As investigações apontam que empresas permissionárias de vans são suspeitas de desviar dinheiro público, simulando viagens de transporte público que nunca ocorreram.

De acordo com a Polícia Civil, os fraudadores simulavam dezenas de passagens por hora, em veículos com apenas 15 lugares. Em um caso, foram registradas 34 validações do bilhete único em apenas uma hora.

Continue lendo

O esquema envolve linhas intermunicipais de vans entre a Baixada Fluminense (Guapimirim, Magé, Piabetá e Raiz da Serra) e o centro do Rio.

Ainda segundo a Polícia Civil, os permissionários faziam múltiplas validações sequenciais, às vezes com o veículo parado e sem qualquer passageiro a bordo, registrando artificialmente um alto número de “embarques”. A validação do Bilhete Único, que é subsidiado pelo governo, gerava um crédito a ser reembolsado pelo estado.

Em muitos casos, os cartões usados pertenciam a terceiros que nem estavam presentes no trajeto, informa a polícia.

Polícia Civil prende dono de ferro-velho irregular

Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) deflagaram, na segunda-feira, uma ação em um ferro-velho clandestino ligado ao tráfico de drogas, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. O responsável pelo local foi autuado em flagrante. Os agentes apreenderam cerca de 100 kg de materiais metálicos, com indícios claros de origem ilícita.

A ação ocorreu após informações do Setor de Inteligência da unidade, que apontavam o local como um dos principais pontos de receptação de materiais furtados de concessionárias de serviço público. Segundo os agentes, o estabelecimento era utilizado por narcotraficantes da região como ponto de despacho de material furtado. O espaço funcionava como um núcleo de sustentação financeira da facção criminosa.

No momento das diligências, o ferro-velho estava em pleno funcionamento e aberto. O local não possuía Cadastro de Estabelecimento de Reciclagem (CER), obrigatório para sua regularização. Além disso, o ferro-velho possuía uma área destinada à queima de cobre, prática comum para ocultar logomarcas e símbolos que comprovam a propriedade de concessionárias de serviços públicos.

Do material apreendido, 45 kg eram de fios de cobre com características típicas da infraestrutura de distribuição de energia elétrica e 24 kg eram de fios de telefonia queimados, componentes metálicos e outros tipos de fiação.

A Polícia Civil, por meio da DRF e de outras delegacias da instituição, realiza ações diárias e contínuas para combater o furto de cabos e materiais metálicos. Desde setembro de 2024, mais de 260 ferros-velhos foram fiscalizados, com cerca de 90 responsáveis pelos estabelecimentos presos nestas ações. Neste mesmo período, mais de 250 toneladas de fios de cobre e materiais metálicos foram apreendidas pela especializada.

A DRF tem diversos inquéritos em andamento que investigam toda a cadeia criminosa, desde o furtador até as metalúrgicas, e as diligências seguem para responsabilizar criminalmente todos os envolvidos. Além disso, as ações visam também descapitalizar financeiramente os braços operacionais do tráfico, responsáveis por fomentar esse tipo de crime.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo