Segunda, 19 de Novembro de 2018 às 12:40, por: CdB
Nas operações, moradores e motoristas passaram por uma checagem de documentos. Não houve informações sobre troca de tiros.
Por Redação, com agências de notícias - do Rio de Janeiro
Policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE) realizaram ação nesta segunda-feira nos morros Fallet/Fogueteiro e dos Prazeres, em Santa Teresa e no Rio Comprido na região Central do Rio de Janeiro. Não houve informações sobre troca de tiros.
Nas operações, moradores e motoristas passaram por uma checagem de documentos.
Tráfico
A PM destruiu uma piscina irregular na praça Cotigi, no morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio. Segundo a assessoria da Polícia Militar, agentes do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) foram recebidos a tiros na comunidade, mas não houve registro de prisões ou apreensões.
O Bope derrubou parte da estrutura da piscina que era utilizada por traficantes e moradores nos dias de calor. Uma taxa de R$ 10 era cobrada de cada morador para poder frequentar, construída de forma irregular por “Flavinho do Juramento”, morto em operação em 2015.
Prefeitura remove projeto ambiental
Com o apoio de policiais militares, a prefeitura do Rio de Janeiro removeu na semana passada um projeto de educação ambiental do governo do Estado na Rocinha, na Zona Sul da cidade. O projeto, chamado De Olho no Lixo, conta com o apoio da Associação de Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj), da organização não governamental (ONG) Viva Rio e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Segundo a prefeitura, a estrutura usada pelo projeto era irregular. Para a remoção, foi mobilizada uma força-tarefa que conta com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação, com o apoio da Subsecretaria de Operações, da Guarda Municipal e da Coordenadoria de Fiscalização de Estacionamentos e Reboques, ligadas à Seop, além de garis da Comlurb.
Em nota, a Secretaria Estadual do Ambiente, responsável pelo projeto de reciclagem, classificou a ação de arbitrária e desrespeitosa e afirmou que não recebeu qualquer solicitação ou notificação para que o espaço fosse cedido à prefeitura. A Secretaria do Ambiente diz que tem a cessão do espaço, que chegou a ser reservado para obras de um plano inclinado na Rocinha, mas foi cedido pela Secretaria Estadual de Obras por não haver previsão para a implantação do modal de transporte.
A secretaria e o Inea afirmam que a remoção foi feita de "forma violenta e dispendiosa (...), levando surpresa e medo aos moradores do local" e informam que tomarão todas as medidas cabíveis para que o projeto permaneça na comunidade".
No local funcionava a cooperativa Rocinha Recicla, criada no ano passado a partir do projeto estadual, que existe desde o primeiro semestre de 2016. O presidente da cooperativa, José Antonio Trajano, disse que foi surpreendido pela ação. Segundo Trajano, a cooperativa tem alvará da prefeitura para funcionar e emprega 57 pessoas da comunidade. "Ficamos sem poder fazer nada. Mostrei o documento e falaram que não queriam ver. Temos 57 cooperados e geramos renda para essas famílias."
Tratores removeram telhas que cercavam a área e derrubaram a estrutura que abrigava o material guardado na cooperativa. Os pertences da entidade foram levados para outro endereço, na Estrada da Gávea, que foi reservado para realocar a cooperativa. No entanto, Trajano não considerou o lugar adequado.
– É uma estrada supermovimentada por onde sobe todo o trânsito da Rocinha. Como a gente vai ter fluxo de caminhão nesse local? Vai tumultuar – afirmou o presidente da cooperativa.
Além do trabalho de manejo dos resíduos sólidos, o local abriga aulas de alfabetização e de música. No curso Funk Verde, há oficinas de percepção sonora e confecção de instrumentos musicais a partir da reutilização de resíduos sólidos. Há ainda o curso Ecomoda, que capacita jovens da comunidade a confeccionar roupas e acessórios com material reciclado.