A Procuradoria de Bari ainda informou que essa longa investigação permitiu comprovar a ligação do rapaz com a organização terrorista supremacista dos Estados Unidos The Base. Entre as conversas, está a busca por armas de grosso calibre.
Por Redação, com ANSA - de Roma
Um supremacista branco da Puglia, de 23 anos, foi preso nesta quinta-feira sob acusação de alistamento com finalidade de terrorismo internacional e de propaganda e instigação para o crime por motivos de discriminação racial, étnica e religiosa, informou a Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais (Digos) de Bari.
Conforme as autoridades, as investigações começaram em 2021 e monitoravam ambientes virtuais usados por extremistas e supremacistas.
Essas conversas eram ligadas ao canal do Telegram "Sieg Heil", utilizado pelo homem para promover conteúdos racistas, misóginos, antissemitas e com matrizes neonazistas. Nas mensagens postadas, o rapaz ainda se dizia pronto para "o sacrifício extremo" e para cometer ações violentas.
A Procuradoria de Bari ainda informou que essa longa investigação permitiu comprovar a ligação do rapaz com a organização terrorista supremacista dos Estados Unidos The Base. Entre as conversas, está a busca por armas de grosso calibre e até por equipamentos que permitem a criação de armamentos em casa, como impressoras 3D de última geração.
Organização terrorista na Itália
Ainda conforme os procuradores, por conta da ligação com os norte-americanos, o homem se tornou uma espécie de líder da organização terrorista na Itália, sendo responsável por divulgar "valores, esquemas e objetivos" também no país europeu.
Ele ainda se afirmava como um "lobo solitário" pronto para agir "em defesa da raça branca" e já teria conseguido "treinar para ataques" cerca de três ou quatro aliados.
Nos documentos apreendidos havia ainda uma saudação a supremacistas brancos que realizaram recentes ataques racistas nos EUA, como o que ocorreu em Buffalo em 14 de maio deste ano e que matou 10 pessoas em um supermercado. Para os procuradores, essa parte da documentação era "muito alarmante" e indicava que "a intenção do italiano já era aquela de passar para a ação".
Além disso, também foi encontrado um vídeo de ameaça contra a senadora e sobrevivente do campo de extermínio nazista de Auschwitz, Liliana Segre.