Entre os detidos está o suposto chefe da máfia da Turquia, Boris Boyun, um cidadão turco de 39 anos de origem curda e um dos homens mais procurados de Ancara.
Por Redação, com ANSA – de Roma
As autoridades de Milão anunciaram nesta quarta-feira que 19 pessoas foram presas na Itália, Suíça, Alemanha e Turquia em operações envolvendo centenas de policiais para desmantelar uma gangue criminosa armada que supostamente planejava ataques terroristas.
Entre os detidos está o suposto chefe da máfia da Turquia, Boris Boyun, um cidadão turco de 39 anos de origem curda e um dos homens mais procurados de Ancara.
Os suspeitos enfrentam acusações que incluem assassinato, ataques terroristas e participação em grupo armado para fins terroristas.
Boyun foi levado sob custódia de um apartamento na cidade de Viterbo, ao norte de Roma, onde estava em prisão domiciliar após ter sido detido em Rimini em agosto de 2022 sob um mandado internacional emitido pelas autoridades turcas.
Na ocasião, ele rejeitou as acusações e travou uma batalha legal bem-sucedida nos tribunais italianos contra a sua extradição, dizendo que estava a ser perseguido por causa de suas origens curdas.
Associação criminosa
O criminoso é acusado de associação criminosa agravada pela transnacionalidade, gangue armada com o objetivo de formar uma associação para fins terroristas e cometer ataques terroristas, posse e porte ilícito de armas e explosivos ‘mortais’, tráfico internacional de drogas, assassinato e cumplicidade em imigração ilegal.
De acordo com o mandado emitido para as operações, Boyun continuou a liderar uma rede criminosa ativa em muitas partes da Europa a partir de uma residência em Crotone, onde estava em prisão domiciliar.
Entre outras coisas, ele foi o suposto “cérebro” por trás de um ataque planejado em março a uma fábrica de alumínio turca, envolvendo homens-bomba, que foi frustrado graças a informações trocadas pelas polícias italiana e turca.
Segundo os investigadores, em uma conversa grampeada, Boyun se vangloriou de que “toda a Turquia” falaria sobre o que ele tinha reservado.
Já em uma escuta telefônica de 16 de janeiro, Boyun teria dito à “hierarquia superior do PKK” (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) que “não aceitamos uma organização como esta e fundaremos uma nova, iniciando uma nova revolução”.