As investigações mostram, segundo a PF, que a deputada e sua assessora faziam articulação política em benefício dos milicianos em órgãos públicos. A milícia é investigada por organização criminosa, tráfico de armas, homicídios, extorsão e corrupção.
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
Policiais federais fazem nesta segunda-feira operação para investigar a participação da deputada estadual fluminense Lucinha (PSD) e uma assessora em milícia que atua na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A Operação Batismo, que está sendo realizada em conjunto com o Ministério Público do Rio, cumpriu oito mandados de busca e apreensão nos bairros de Campo Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, na Zona Oeste, além do gabinete da parlamentar, na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj).
A Justiça também determinou o afastamento imediato da deputada de suas funções políticas e a proibiu de frequentar o prédio da Alerj, no centro da cidade.
As investigações mostram, segundo a PF, que a deputada e sua assessora faziam articulação política em benefício dos milicianos em órgãos públicos. A milícia é investigada por organização criminosa, tráfico de armas, homicídios, extorsão e corrupção.
À Agência Brasil está tentando contato com a assessoria da deputada.
Operação Batismo
Na manhã desta segunda-feira, a Polícia Federal e o Ministério Público Estadual deflagraram a operação Batismo, com objetivo de apurar a participação e a articulação política desempenhada por parlamentar estadual do Rio de Janeiro, em conjunto com sua assessora, em benefício de milícia privada, com atuação na Zona Oeste do Rio.
A ação é um desdobramento da operação Dinastia, deflagrada pela PF/RJ em agosto de 2022, com o objetivo de desarticular organização criminosa formada por milicianos com atuação na Zona Oeste do Rio.
Cerca de 40 policiais federais cumpriram oito mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ/RJ), nos bairros de Campo de Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, todos na Zona Oeste, bem como em gabinete na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro - ALERJ. Além dos mandados, a justiça determinou o afastamento imediato das funções legislativas, proibição de manter contatos com determinados agentes públicos e políticos, bem como proibição de frequentar a casa legislativa.
As investigações apontam a participação ativa de uma deputada estadual e de sua assessora na organização criminosa, especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos visando atender os interesses do grupo miliciano, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, além de extorsão e corrupção.
O trabalho foi desenvolvido pelo Grupo de Investigações Sensíveis da PF (GISE/RJ) e pela Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ) em conjunto com Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Procuradoria Geral de Justiça - PGJ.
O nome da operação está associado à alcunha “MADRINHA”, maneira como lideranças do grupo criminoso autointitulam a parlamentar.