Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Polícia desarticula grupo responsável por fraudes bancárias na Internet

Arquivado em:
Terça, 04 de Junho de 2019 às 10:58, por: CdB

O principal crime cometido é a fraude bancária eletrônica, com o roubo de dados de cartões de crédito e sua posterior revenda.

Por Redação, com ABr - de São Paulo

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira, a Operação Singular, para combater a criminalidade cibernética. Por meio de modernas técnicas de investigação digital, desenvolvidas pela PF no ambiente da deep web (nome que se dá à camada da internet que não pode ser acessada através de mecanismos de busca, como o Google, por exemplo), chegou-se a uma organização criminosa com abrangência nacional, integrada por inúmeras pessoas, das quais sete foram identificadas como seus líderes.
fraude.jpg
PF desarticula grupo responsável por fraudes bancárias na Internet
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva, nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Ceará. Um dos investigados permanece foragido. O principal crime cometido é a fraude bancária eletrônica, com o roubo de dados de cartões de crédito e sua posterior revenda. Foi identificado que um dos hackers da quadrilha invadiu o sistema informático de uma grande empresa responsável pela elaboração de concursos e cobrava valores em criptomoedas para aprovar candidatos que conseguissem chegar à segunda fase do certame. O crime de formação de organização criminosa prevê pena de 3 a 8 anos de reclusão. Já o furto de cartões de crédito prevê de 2 a 8 anos de prisão. Por fim, o crime de invasão de dispositivo informático, pena de 1 a 4 anos.

Combate às drogas

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, o governador do estado, João Doria, secretários municipais, estaduais, representantes de autarquias e inspetorias se reuniram na segunda-feira na sede da prefeitura para alinhar as estratégias, mapear as necessidades e identificar os avanços da segunda fase do Programa Redenção, que oferece tratamento aos dependentes químicos. As ações para a evolução do programa serão articuladas em quatro eixos principais, saúde, assistência social, segurança e trabalho, que atuarão com protocolos e metas a curto e médio prazo. Para fazer um acompanhamento das ações, estão previstas reuniões setoriais envolvendo representantes das pastas estaduais e municipais. A prefeitura informou que também está aberta a uma interlocução com agentes do Governo Federal, com o objetivo de trabalhar de forma complementar e integrada. – Chamamos o ministro [da Cidadania Osmar Terra] para trabalharmos juntos em três frentes. Comunidades terapêuticas; a ideia de abstinências com muitos modelos, mas não o único, e em terceiro lugar, nós achamos que cada indivíduo tenha seu projeto terapêutico singular, e em cima disso vamos conversar com o Ministério da Cidadania – disse o coordenador de Saúde do Programa Redenção, Arthur Guerra. Segundo ele, o convite é para uma conversa. Depois, pode haver um pedido de transferência de recursos do governo federal.

Internação compulsória

Quanto a internação compulsória, Guerra afirmou que, ainda que necessária em alguns casos, o programa pretende trabalhar com o modelo de internações voluntárias, que é quando o usuário de drogas aceita ser internado e tratado. – A internação compulsória é um procedimento médico que existe há milhares de anos, ela não pode ser vista como o único modelo milagroso de resolver todo o problema de saúde e social também. Em alguns casos ela é indicada. Nós trabalhamos no município com a internação voluntária, nós tivemos em dois anos 10 mil internações voluntárias – disse Guerra. O coordenador disse ainda que três ações imediatas serão iniciadas essa semana. “Temos uma ação de grupos específicos de trabalho entre estado e prefeitura nas áreas de saúde, assistência social, segurança e geração de renda e trabalho; uma segunda meta importante, é buscar, junto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), um modelo de pesquisa que possa avaliar como esse esforço tem a sua credibilidade, ou seja, se está dando certo, e em terceiro lugar é ter a parceria do governo federal para buscar recursos que possam implementar nossa atividade”, disse. Segundo o coordenador do programa Redenção, a taxa de internações involuntárias hoje no programa em São Paulo é em torno de 12%. “Nos seis anos do projeto Recomeço [do governo do estado], tivemos 0,03% de internações compulsórias [quando o juiz determina] e involuntárias entre 12% e 15%. O Programa Redenção [municipal] deve manter esses índices”. De acordo com Guerra, a meta da Prefeitura de São Paulo de acabar com 80% da Cracolândia, área no centro da cidade onde há concentração de tráfico e usuários de drogas- até o fim do ano que vem está mantida. “É uma meta que estamos perseguindo de forma bastante objetiva”. Já o prefeito Bruno Covas disse que o esforço da equipe tem sido fundamental para o sucesso do programa. “Eu só tenho que agradecer todo o empenho dessa equipe e a coordenação do governador João Doria para enfrentar esse problema que se arrasta aqui na capital”, disse.

Lei

A prefeitura sancionou em maio deste ano a lei que instituiu a Política Municipal Sobre Álcool e Outras Drogas, com o objetivo de executar ações de prevenção, atenção e reinserção social de usuários de álcool e outras drogas. A iniciativa foi marcada pela nova etapa do Programa Redenção, criado em 2017 para atender aos usuários abusivos de crack e outras drogas que se encontram em situação de vulnerabilidade ou risco social.
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo