A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a Operação Ikaro II, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa estabelecida na Bahia, especializada no tráfico internacional de drogas.
Por Redação, com ABr - de Brasília
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a Operação Ikaro II, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa estabelecida na Bahia, especializada no tráfico internacional de drogas.
De acordo com a PF, pelo menos 50 policiais estão cumprindo dois mandados de prisão preventiva e três mandatos de prisão temporária, além de 14 mandados de busca e apreensão em Salvador, Lauro de Freitas e Porto Seguro, na Bahia; e em Ponta Porã, cidade sul matogrossense que faz divisa com o Paraguai.
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária de Salvador, que determinou também o bloqueio de valores depositados em contas bancárias em nome de 11 pessoas físicas e jurídicas investigadas.
“De acordo com o que foi apurado, o grupo usava o modal aéreo, cujo principal modus operandi era a cooptação de ‘mulas’ para realização do transporte em voos comerciais para a Europa", informou a PF, esclarecendo ainda que a droga, geralmente, era escondida em bagagens.
Ainda de acordo com a PF, sete prisões relacionadas ao tráfico internacional foram realizadas no ano passado. "Entre os meses de janeiro e fevereiro do ano de 2020, foram realizadas sete prisões em flagrante nos Aeroportos Internacionais Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, e Antônio Carlos Jobim, Galeão, no Rio de Janeiro. Na maioria dos casos, tratava-se de casais tentando transportar cocaína para Lisboa, Portugal, de forma oculta em suas malas”.
Organização criminosa
Segundo os investigadores, a semelhança do modo de atuação e das circunstâncias "levaram à identificação do envolvimento de uma mesma organização criminosa em todos os casos, cujos integrantes estão sendo alvo das medidas judiciais cumpridas na presente data”.
Entre os investigados que tiveram a prisão preventiva decretada há um ex-policial militar que, segundo a PF, teria deixado a corporação em janeiro deste ano.
A primeira fase da Operação Ikaro ocorreu em junho de 2020. Foi a partir da análise do material apreendido na época – e da identificação da movimentação de valores feita por investigados – que foram expedidos os mandados que estão sendo cumpridos nesta segunda etapa.
A PF informa que os investigados serão indiciados pelos crimes de organização criminosa e de tráfico internacional de drogas.