Os principais alvos do grupo criminoso eram pessoas idosas. Segundo os investigadores, essas pessoas recebiam laudos falsos de um médico que também participava do esquema.
Por Redação, com ABr - de Brasília
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira, em Roraima, a Operação Cheque Benefício, com o objetivo de desarticular esquema de compra de votos em troca de concessão de benefícios previdenciários. Por determinação da 8ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima, estão sendo cumpridos cinco mandados – todos em Boa Vista - sendo um de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão.
Por meio de nota, a PF informou que a investigação apura a “atuação de associação criminosa que facilitava a concessão fraudulenta de benefícios previdenciários em troca de votos para um candidato a deputado estadual em Roraima, nas eleições deste ano”. Esse candidato já teria sido indiciado por outros crimes eleitorais nas eleições de 2014.
Os principais alvos do grupo criminoso eram pessoas idosas. Segundo os investigadores, essas pessoas recebiam laudos falsos de um médico que também participava do esquema.
A PF estima que, caso as fraudes não tivessem sido descobertas, os prejuízos para a Previdência poderiam superar R$ 650 mil. A operação conta com o apoio do Ministério Público Eleitoral e da Força-Tarefa Previdenciária.
Eleições
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), que reúne mais de 2 mil juízes, desembargadores e ministros do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, informou que Eduardo Rocha Cubas, não faz parte da entidade e repudiou suas atitudes. O magistrado, do Juizado Especial Federal Cível de Formosa (GO), disse que mandaria recolher urnas eletrônicas para os militares fazerem perícia nos aparelhos.
Em nota, a associação condenou a atitude do magistrado, que foi afastado das funções há três dias pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
– A Ajufe, única entidade que representa nacionalmente a magistratura federal, acredita na atuação isenta e equilibrada do Conselho Nacional de Justiça para solucionar esse caso isolado que envolve um juiz federal – diz a nota.
Na sexta-feira, o corregedor do CNJ, Humberto Martins, determinou o afastamento por tempo indeterminado do juiz federal Eduardo Luiz Rocha Cubas, de Goiás, por suspeita de violação dos deveres funcionais.
O plenário do conselho se reunirá para analisar o tema dia 9. O processo está na Advocacia Geral da União (AGU).
Na reclamação apresentada pela AGU ao CNJ foi anexado um vídeo no qual o juiz questionava, ao lado do candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, a segurança e a credibilidade das urnas eletrônicas.
Na avaliação da AGU, Eduardo Luiz Rocha Cubas teria manifestado, nesse vídeo, opinião político-partidária incompatível com a função de juiz.