Abe foi morto a tiros quando fazia um discurso em um evento eleitoral na manhã de sexta-feira. Abe foi o primeiro-ministro com mandato mais longo do Japão, tendo ocupado o cargo por um ano em 2006 e depois de 2012 a 2020.
Por Redação, com DW - de Tóquio
Uma carreata transportando o corpo do ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe chegou neste sábado, à casa dele, na capital japonesa. A polícia na cidade de Nara, onde ele foi assassinado, admite que houve falhas na segurança.
Pessoas se reuniram diante da residência do ex-premiê e no local do ataque, em Nara, para prestar homenagem ao ex-premiê. O crime chocou o país, conhecido por suas baixas taxas de crimes violentos e suas leis rígidas sobre armas.
Abe foi morto a tiros quando fazia um discurso em um evento eleitoral na manhã de sexta-feira. Abe foi o primeiro-ministro com mandato mais longo do Japão, tendo ocupado o cargo por um ano em 2006 e depois de 2012 a 2020.
O suposto atirador, de 41 anos, usou uma arma de fabricação caseira, segundo a polícia. De acordo com a mídia local, o suspeito serviu na Marinha e deixou a Força de Autodefesa do Japão em 2005. A emissora pública NHK informou que o homem confessou à polícia que estava descontente com Abe e que, por isso, pretendia matá-lo.
A força policial local reconheceu neste sábado que houve falhas no esquema de segurança. "Não podemos negar que houve problemas no esquema de segurança, considerando como as coisas terminaram", afirmou o chefe de polícia da província de Nara, Tomoaki Onizuka em entrevista coletiva. "Sinto um grande senso de responsabilidade", acrescentou, informando que a polícia iria analisar o que exatamente deu errado e implementar quaisquer mudanças necessárias.
Campanha eleitoral prossegue
As eleições para a câmara alta do Parlamento do Japão serão realizadas neste domingo, 10, como programado. O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, agendou sua volta aos eventos de campanha com visitas a distritos eleitorais regionais depois de fazer um retorno de emergência a Tóquio na sexta-feira após o assassinato.
Um equipamento de detecção de metal, normalmente não visto em eventos eleitorais no Japão, foi instalado em um local na cidade de Fujiyoshida, onde Kishida tinha marcado de fazer um discurso. Havia também uma forte presença policial.
As pesquisas apontam vitória da coalizão governista liderada pelo sucessor de Abe, o primeiro-ministro Fumio Kishida.