Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Pobres são a prioridade para Lula, se vencer as eleições

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Quinta, 24 de Março de 2022 às 12:57, por: CdB

Lula voltou a criticar a atual política de preços da Petrobras, orientada pelo mercado internacional. A estatal passou a adotar a PPI a partir de outubro de 2016 e, com o aumento da volatilidade do preço do barril de petróleo em função da guerra na Ucrânia, aumentou a pressão pela revogação da política.

Por Redação, com BdF - de São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, caso exerça um terceiro mandato, seu governo irá olhar para todos os setores da sociedade, mas irá priorizar a população mais pobre, que sofre mais com a atual crise do Brasil. Em entrevista a uma rádio mineira, nesta manhã, Lula também falou sobre a importância da revogação do Teto de Gastos e a necessidade de mudar a política de preços da Petrobras.
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Lula não para de subir no conceito dos eleitores brasileiros desde que retomou seus direitos políticos
O pré-candidato pelo PT à Presidência comentou a respeito da expectativa sobre um possível novo governo. — Não dá para ser o candidato de 1989, pois estou calejado e com uma experiência bem sucedida de governo. Minha ideia é governar o país como uma pessoa mais forte do que em 2002. Não posso voltar e empatar o jogo, preciso fazer mais. O Lula de 2023 irá governar para todos, mas vai priorizar o mais pobre. Não vem impor Teto de Gastos, porque meu compromisso é com as pessoas precisam viver dignamente — afirmou.

Alianças

Sobre a polarização entre a sua campanha e a de Bolsonaro, Lula diz que não enxerga a questão como algo problemático. — Ela existe em todos os países quando duas pessoas disputam algo. Por anos, houve uma polarização entre PT e PSDB. Agora, nós estamos discutindo contra um cidadão que não gosta de educação, de mulheres ou de negros. Eu não escolho meu adversário. O Bolsonaro tem sua força política e o PT também. E se o cenário continuar assim, o povo brasileiro vai dar um golpe no fascismo e reestabelecer a democracia no país — acrescentou. Lula voltou a criticar a atual política de preços da Petrobras, orientada pelo mercado internacional. A estatal passou a adotar a PPI a partir de outubro de 2016 e, com o aumento da volatilidade do preço do barril de petróleo em função da guerra na Ucrânia, aumentou a pressão pela revogação da política. Segundo o petista, a questão do combustível é maior “demonstração da irresponsabilidade” do governo Bolsonaro. — O Brasil é autossuficiente na produção de petróleo. Esse governo atual destruiu a BR, maior distribuidora de combustível do país, e agora temos 390 empresas importando gasolina dos Estados Unidos. O Brasil precisa refinar sua gasolina, exportar o excedente e deixar de pagar o preço em dólar. Desmontaram toda a Petrobras prometendo gasolina mais barata e onde que abaixou o preço? — questionou.

Alckmin

O ex-presidente também comentou uma possível parceria com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), para a disputa do governo estadual, além da união com Alckmin para o governo federal. Segundo ele, a escolha do ex-tucano como vice não é uma contradição. — Já tive José de Alencar como vice. O Alckmin foi adversário do PT e isso não será um problema, porque estamos tentando criar uma proposta para reconstruir o Brasil. Essa união é para recuperar o país — ponderou. Sobre o governo de Minas Gerais, Lula endossou que seu apoio pode ser decisivo nas eleições estaduais, como mostrou a pesquisa Quaest/Genial no Estado, divulgada na última sexta-feira. O levantamento mostra que Kalil venceria Romeu Zema (Novo), caso tivesse o apoio do ex-presidente. — Tenho conversado com o Kalil e a eleição de Minas é importante. As pesquisas mostram que há polarização entre os candidatos à Presidência e também ao cargo de governador. Então, teremos que se acertar. O Kalil precisa de mim e eu, dele. Se nós dois nos juntarmos, criaremos uma chapa forte em Minas Gerais. A possibilidade para estarmos juntos é grande — resumiu.
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